Translation

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Cortella e Monja Coen falam de “Nem Anjos Nem Demônios: A Humana Escolha Entre Virtudes E Vícios”, no Sempre Um Papo

Filósofo e monja conversam com a plateia no evento
em BH - Foto: Paulo Fleury
Como podemos transformar vícios em virtudes? De que adianta ser bom num mundo tão corrupto e injusto? Como somos quando ninguém está nos vendo? Todo ser humano tem salvação? O filósofo Mario Sergio Cortella e a Monja Coen, fundadora da Comunidade Zen-budista do Brasil, debatem essas e outras questões no novo livro “Nem Anjos Nem Demônios: A Humana Escolha Entre Virtudes E Vícios” (Papirus 7 Mares). O autores são os convidados do Sempre Um Papo para uma conversa sobre o livro no dia 29 de outubro, terça-feira, às 19h30, no Grande Teatro do Sesc Palladium, com entrada gratuita. Retirada de ingressos na bilheteria do teatro, a partir das 17h30 ( 2 horas antes do evento), limitado a um ingresso por pessoa, mediante a doação de um quilo de alimento não perecível para o projeto Mesa Brasil, do Sesc.

Não há dúvidas de que somos seres capazes de virtudes e de vícios. “Somos angelicais e demoníacos”, provoca Cortella. Para ele, a virtude “não é o que já nasce pronto em nós; ela é uma possibilidade a ser desenvolvida, tal como o vício”. Monja Coen acredita que “se, por exemplo, começarmos a imitar alguém que fala gentilmente, vamos nos transformando, até chegar o momento em que aquilo deixa de ser uma cópia e se torna o que somos”. 

Os autores falam também sobre a importância de praticar a virtude, independentemente de qualquer situação. “Eu acho que o que caracteriza uma virtude no sentido de positividade é exercê-la como crença, e não como circunstância”, explica Cortella. Monja Coen cita Gandhi: “Somos a transformação que queremos no mundo”.

“Nem Anjos Nem Demônios: A Humana Escolha Entre Virtudes E Vícios” nos leva a refletir sobre o outro como nosso semelhante, a intolerância cada vez mais presente em nosso cotidiano e a falta de compaixão. Monja Coen lembra que “devemos fazer o bem a partir da identificação, da empatia com o outro, do coração como cerne do nosso eu verdadeiro. Ações devem ser realizadas através da pura compaixão. E a compaixão só surge se houver sabedoria. A sabedoria é o portal da virtude, é o portal de uma vida ética”. Diante de nossas escolhas, estamos no caminho certo? 

Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor. Tem mestrado e doutorado em Educação pela PUC-SP, onde atuou como professor titular por 35 anos (1977-2012). É professor convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e lecionou na GVpec da FGV-SP (1998-2010). Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido assessor especial e chefe de gabinete do professor Paulo Freire. É autor de diversos livros nas áreas de educação, filosofia, teologia e motivação e carreira.

Monja Coen, como é conhecida Claudia Dias Batista de Souza, foi jornalista profissional em sua juventude e hoje atua como missionária oficial da tradição Soto Shu. Primaz fundadora da Comunidade Zen-budista do Brasil, segue os ensinamentos de Buda e participa de encontros educacionais, culturais e inter-religiosos, com o objetivo de difundir princípios em prol da preservação do meio ambiente, da defesa dos direitos humanos e da criação de uma cultura de não violência e paz.

Mario Sergio Cortella e Monja Coen no Sempre Um Papo
Dia 29 de outubro, terça-feira, às 19h30, no Grande Teatro do Sesc Palladium - Avenida Augusto de Lima, 420 - Centro/BH. Entrada gratuita. Retirada de ingressos na bilheteria do teatro, a partir das 17h30 ( 2 horas antes do evento), limitado a um ingresso por pessoa, mediante a doação de um quilo de alimento não perecível para o projeto Mesa Brasil, do Sesc.

Informações: 31 32611501 - www.sempreumpapo.com.br 

Nenhum comentário:

Postar um comentário