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terça-feira, 9 de março de 2010

Exclusivo:


Por: Ricardo Bello
Foto: Divulgação

Essa semana conversamos com Rúbia Mesquita, a jovem mineira que há mais de 10 anos encanta crianças e adultos na TV Horizonte apresentando o programa TV X. Em um bate-papo descontraído, ela nos fala sobre sua vida, situações engraçadas e muito mais. Confira:


Revista de Cultura - Rubia, antes de ser apresentadora o que você fazia?

Rúbia Mesquita - Na adolescência tentei ser secretária do meu pai no consultório de dentista... Na verdade, mais atrapalhava do que ajudava. Eu gostava mais de conversar, sentar nas poltronas, ler revista do que trabalhar e talvez por isso, minha carreira como ajudante não durou muito! Também dei aula de dança educativa para crianças, e neste trabalho fiquei um bom tempo... Aliás, foi meu primeiro trabalho com criança e a paixão foi imediata! E depois que eu me formei em magistério fui convidada para dar aula para o ensino infantil em uma escola em Belo Horizonte, e foi depois de pouco tempo morando aqui, que fui convidada pra trabalhar no TVX na Tv Horizonte.

Revista de Cultura - Na sua família há outros artistas?

Rúbia Mesquita - O meu pai é mágico, contador de histórias. Minha mãe adora contar histórias, já escreveu textos que foram publicados em livros, fala muito bem em público. Apesar de não aparecerem na televisão, para mim, eles são verdadeiros artistas, sou fã dos dois.

Revista de Cultura - Ultimamente os canais de TV estão "apelando" para conquistarem o primeiro lugar no IBOPE. Você, no entanto, cativa cada vez mais o público com o TV X e tem grande audiência. Você acha que falta isso para as emissoras? Conquistar o público com bons conteúdos ao invés de baixarem o nível da programação?

Rúbia Mesquita - Acredito que existem formas diferentes de trabalhos para criança. Não existe um melhor ou pior, cada um faz aquilo que acredita e na melhor forma que sabe fazer. Tudo que uma criança aprende nos primeiros anos da infância é o que vai determinar grande parte do adulto que ela vai ser, contudo, trabalhar com criança requer muita responsabilidade na forma que você fala, o quê você fala! Eu ainda acredito que é através da fantasia, imaginação, afetividade, a alegria, a palhaçada que se consegue realmente chegar até o coração de uma criança.

Revista de Cultura - Já aconteceu alguma situação engraçada durante a apresentação do seu programa ou em algum show, que você possa contar aqui?

Rúbia Mesquita - São 11 anos de programa e em todo este tempo vivenciei várias situações engraçadas, ainda mais pelo fato de o programa ser ao vivo e as crianças imprevisíveis! Tenho o hábito de chegar em casa, anotar os casos engraçados...quem sabe um dia não vira um livro?No ano passado, para comemorar o carnaval no TVX me fantasiei de Carmem Miranda em homenagem a seu centenário. Com um turbante cheio de frutas na cabeça eu dançava e balançava os braços tentando imitá-la. Quando o Popó olhou para mim:

-Ué Rúbia, que fantasia é essa? Você veio fantasiada de feira?

Olhei para ele, pronta para explicar...Quando uma menininha gritou com toda força:

-É claro que ela não tá fantasiada de feira, seu bobo!

Sorri e animada, crente que eu estava abafando com minha fantasia, esperei ansiosa pela explicação da pequena. Coloquei o microfone na boca dela:

-É claro que não é de feira. Ela tá fantasiada é de fruta, né???

Fiquei arrasada!

Uma vez estávamos falando sobre “O que você vai ser quando crescer”, então me dirigi a um garoto, talvez o mais novinho da turma. Coloquei o microfone na boca dele e perguntei:

-Você já sabe o que você vai ser quando crescer?

- Já. Já decidi. Respondeu com firmeza.

E o que você vai querer ser?

- Homem- aranha mesmo!

Ótima idéia, pensei.
..( risos)
Revista de Cultura - Você sempre conta histórias em seu programa e prende a atenção das crianças. E isso numa era onde se tem video game e heróis japoneses na TV. Como começou a desenvolver o seu dom de contar histórias? Você tinha que idade quando começou a contar as primeiras histórias?

Rúbia Mesquita - Mesmo com as novas descobertas, a evolução do homem e das tecnologias que invadiram nossas vidas, resgatar a importância do tocar e do sentir continuam essenciais e indispensáveis a formação do indivíduo. E acredito que as histórias são excelentes ferramentas na busca destes valores. Cresci com meus pais me contando histórias, tive grande estímulo dentro de casa e isso me ajudou muito. Quando fui dar aula, o momento em que eu mais gostava era de contar histórias, tenho uma cabeça “danada de inventadeira”... e foi por contar histórias que estou até hoje á frente da TV. Fui convidada para contar apenas uma história no programa infantil, depois de contá-la fui convidada para apresentar o programa todo. Gosto tanto de contar, que recentemente lancei um livro “1,2,3 Contos de Uma Vez” com histórias para os pais lerem para os filhos...

Revista de Cultura - Nas horas de lazer, o que gosta de fazer?

Rúbia Mesquita - Adoro estar com minha família, ler livros, gosto de sair com amigos para dançar, conversar, ir ao cinema.

Revista de Cultura - E como lida com o carinho das pessoas? Na rua pedem foto, autógrafos, enfim...lida bem com isso?

Rúbia Mesquita - Adoro saber que as pessoas gostam do meu trabalho, e é uma forma de você avaliar como o que você faz, está sendo aceito pelo outro. As crianças geralmente não me reconhecem, porque fico muito diferente, elas acham que eu vou estar sempre de macacão e presilhas coloridas no cabelo. Os adultos reconhecem mais. E eu só tenho a agradecer! Cada beijo recebido, abraço, um pedido de autógrafo só me faz ter a certeza que tudo isso vale a pena!
Revista de Cultura - Que tipo de música você gosta de ouvir?

Rúbia Mesquita - Ouço todo tipo de música dependendo do lugar e da companhia. Adoro samba, gosto de MPB, gosto de Bossa Nova, Pop rock...mas, ultimamente tenho cantado e ouvido muito as músicas do CD que vou lançar neste ano, que tem composições do Sérgio Pererê, Leri Faria, Paulinho Pedra Azul, Fernando Muzzi, Bruno Lopes, Denise Urxine e Marina Castro Assis. Até eu me aventurei escrevendo uma música. O CD está lindo e muito brincante.

Revista de Cultura Se não fosse apresentadora e contadora de histórias, que profissão acha que seguiria? Por quê?

Rúbia Mesquita - Trabalharia na área da educação. Me preocupo muito com a educação que nossas crianças estão recebendo e poder de alguma forma contribuir para que a educação seja mais afetiva, prazerosa, seria um enorme prazer!

Revista de Cultura - O espaço é seu. Mande uma mensagem para os nossos leitores:

Rúbia Mesquita - Queria agradecer pelo carinho e dizer que não tem nada melhor do que fazer aquilo que a gente ama. Sou privilegiada por fazer algo que acredito e com quem eu realmente gosto... Quem quiser me conhecer um pouquinho mais ou entrar em contato é só acessar meu site: www.rubia.com.br e enviar um recadinho para mim. Faço questão de responder pessoalmente todos eles. Beijo grande a todos!

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