Por: Ricardo Bello
Foto: Reprodução
Ele fez muito sucesso nos anos 90 apresentando o programa Kliptonita, atração musical que era exibida de segunda a sexta nas tardes da Rede Record para todo o Brasil. Conversamos com Serginho Caffé, jornalista e radialista. Ele nos fala sobre os tempos de apresentador, sucesso no rádio, o descaso de famosos com os fãs no Twitter e muito mais. Confira:
Revista de Cultura - Serginho, você fez muito sucesso nos anos 90 na TV Record com o Kliptonita. Eu mesmo era um dos seus telespectadores em Minas Gerais. Por que o programa acabou na época?
Serginho Caffé: O Kliptonita foi uma criação minha, que foi aceita pelo então chefão da Record, Eduardo Lafon, que manteve o nosso programa no ar por dois anos, com toda estrutura de equipamentos de última geração e equipe de profissionais que eu mesmo selecionei, porém, após sua saída da Record e com a nova administração da igreja, a programação passou a ter uma série de cortes de verba, diminuição de tempo nas ilhas de edição etc...A igreja estava abrindo 4 novas unidades/dia e por isso precisava de mais espaço na pós-produção para seus programas. Isso foi tirando a possibilidade de manter o Kliptonita com a mesma qualidade que o colocou em primeiro lugar nos horários em que era exibido...o programa dava média de 6 pontos e picos de 8 pontos no Ibope, diariamente. Em uma reunião com a direção da Record que nos anunciava o corte de mais uma série de itens criticos de estrutura, joguei a toalha ao lado de Otávio Mesquita e de Ronnie Von, que na época também sofreram cortes em seus programas...apenas Marcelo Costa ficou e Raul Gil. Tentaram manter o programa no ar, por mais algum tempo, porém sem minha direção e apresentação, e sem conteúdo e a mesma pegada, o programa com outra apresentação foi minguando na audiência até sair do ar.
Revista de Cultura - Atualmente você também tem grande audiência no rádio. Foi no rádio que começou a sua carreira,antes da passagem pela TV?
Serginho Caffé: Apesar de ter feito grande sucesso na TV com os programas de video clipes como: Super Special pela TV Bandeirantes e Kliptonita pela Record, foi no rádio que tudo começou...A Metropolitana FM foi minha primeira rádio, durou apenas 7 meses porque logo fui chamado pela Bandeirantes FM, que era a minha paixão, pois era a rádio mais legal do dial paulistano, lançadora de sucessos e ainda com um time de locutores acima da média: Edmir Rabello, Pablo Pablo, Emilio Surita, César Filho, Carlos Racy e tantos outros. Era uma escola para mim, aprendi tudo naquele lugar, a Bandeirantes FM lançou os maiores DJs do mercado, Iraí Campos, Gregão, Ricardo Crunfly, Carmo, Ricardo Guedes, Cuca e muitos mais...e divulgava as danceterias mais fantásticas também...Toco, Contramão, Broadway, Overnight, Radar Tan Tan, Woodstock, Rose Bom Bom, PlayBoy, Sunshine etc. Na Bandeirantes FM ganhamos o Disco de Ouro da CBS Records International, como uma das três melhores emissoras do mundo, junto da KAJ de Los Angeles e a WABC de NY. Passei pelas mais importantes rádios de SP, Manchete FM, Rádio Cidade FM, Antena 1 FM, mas destaco a Nova FM Record, que revolucionou o mercado com a programação voltada a House Music...e a Nativa FM, o amor de São Paulo, que foi a melhor emissora de segmento popular feita até hoje...um time maravilhoso de comunicadores: Rony Magrini, Cesar Carvalho, Alvaro Gimenez, Jones Mendes...eu fui um dos fundadores desta rádio, junto com este time, e a Nativa nos seus primeiros 4 anos, foi uma revolução no rádio do Brasil, comandada por Neneto e Paulo Leme seus proprietários e ainda coordenados por Ricardo Henrique e Magrini.
Revista de Cultura - Recentemente você comentou em seu Twitter oficial que há famosos que não respondem as mensagens dos fãs ou seguidores. Já aconteceu isso com você, mandar mensagem para algum artista e ele nem responder?
Seginho Caffé: Já aconteceu sim. Acho um absurdo as pessoas serem tratadas como "cabeças de gado" e não receberem a devida atenção... é uma pena que o povo brasileiro não saiba selecionar quem deve merecer sua amizade... Mas, tá valendo...eu respondo a todos com muito carinho...pra mim, cada um é cada um e não um número de seguidores para disputa de egos entre artistas... Aguardo vocês no Twitter: www.twitter.com/serginhocaffe
Revista de Cultura - Alguns canais de TV tem apelado bastante para
ter audiencia. Certa vez, um programa de humor mostrou matéria com duas moças literalmente sem roupa na praia. Nos tempos do Kliptonita você conquistava grande audiência e com música, brincadeiras, enfim. Acha que falta isso hoje em dia para as TV, conquistarem a audiência com mais qualidade na programação como acontecia nos anos 90?
Serginho Caffé: As coisas mudaram muito. As emissoras de TV apelam para celebridades instantâneas, formatos de programas que não duram muito tempo...São rostos bonitos, microfones coloridos como das apresentadoras de TV atuais, mas, carisma zero.O pior é que os profissionais com mais experiência estão indo embora e não existe peça de reposição a altura...uma pena. Pode reparar que agora voltamos a investir em séries de TV, os enlatados estão de volta...o público não se engana por muito tempo.
Revista de Cultura - Nas horas de folga o que gosta de fazer?
Serginho Caffé: Familia, filmes, video clipes, passeios, internet...viajar é tudo de bom.
Revista de Cultura - Que tipo de música gosta de ouvir?
Serginho Caffé: Minha formação é Pop..acredito no Pop e só ouço MP3 e CDs que eu mesmo faço...tenho acesso as novidades do Pop internacional e assim monto minha propria programação.Estou sempre por dentro das novidades.
Revista de Cultura - Você tem vontade de voltar a TV? Que tipo de programa gostaria de apresentar se fosse convidado?
Serginho Caffé: Voltar pra TV parece um caminho lógico, tenho projetos e este ano vou colocá-los em prática...o rádio já esta superado infelizmente, os caras que mandam nas rádios preferem os famosos "paus mandados", sem talento mas, cumpridores de ordens, por isso as rádios hoje, perdem audiencia para as midias alternativas como o Mp3... Lamento pelos novos locutores que deixam de demonstrar seus talentos, por serem podados no microfone. Na TV tenho autonomia para produzir o que bem entendo e apresentar a melhor qualidade ao meu público. A morte de Michael Jackson, mostrou que o vídeo clipe ainda é o melhor caminho para o artista divulgar seu trabalho, o que falta é o espaço nas TVs do Brasil.
Revista de Cultura - Na sua família há outros artistas ou locutores?
Seginho Caffé: Não, o único maluco sou eu...felizmente!
Revista de Cultura - O espaço é seu. Mande uma mensagem para os nossos leitores:
Serginho Caffé: Parabéns por escolherem uma revista de qualidade e que aborda temas que sempre enriquecerão suas vidas, sou fã do Revista de Cultura e estarei sempre a disposição de todos. Agradeço ao Ricardo Bello pelo interesse no meu trabalho e desejo a todos um Feliz 2010.
Ele fez muito sucesso nos anos 90 apresentando o programa Kliptonita, atração musical que era exibida de segunda a sexta nas tardes da Rede Record para todo o Brasil. Conversamos com Serginho Caffé, jornalista e radialista. Ele nos fala sobre os tempos de apresentador, sucesso no rádio, o descaso de famosos com os fãs no Twitter e muito mais. Confira:
Revista de Cultura - Serginho, você fez muito sucesso nos anos 90 na TV Record com o Kliptonita. Eu mesmo era um dos seus telespectadores em Minas Gerais. Por que o programa acabou na época?
Serginho Caffé: O Kliptonita foi uma criação minha, que foi aceita pelo então chefão da Record, Eduardo Lafon, que manteve o nosso programa no ar por dois anos, com toda estrutura de equipamentos de última geração e equipe de profissionais que eu mesmo selecionei, porém, após sua saída da Record e com a nova administração da igreja, a programação passou a ter uma série de cortes de verba, diminuição de tempo nas ilhas de edição etc...A igreja estava abrindo 4 novas unidades/dia e por isso precisava de mais espaço na pós-produção para seus programas. Isso foi tirando a possibilidade de manter o Kliptonita com a mesma qualidade que o colocou em primeiro lugar nos horários em que era exibido...o programa dava média de 6 pontos e picos de 8 pontos no Ibope, diariamente. Em uma reunião com a direção da Record que nos anunciava o corte de mais uma série de itens criticos de estrutura, joguei a toalha ao lado de Otávio Mesquita e de Ronnie Von, que na época também sofreram cortes em seus programas...apenas Marcelo Costa ficou e Raul Gil. Tentaram manter o programa no ar, por mais algum tempo, porém sem minha direção e apresentação, e sem conteúdo e a mesma pegada, o programa com outra apresentação foi minguando na audiência até sair do ar.
Revista de Cultura - Atualmente você também tem grande audiência no rádio. Foi no rádio que começou a sua carreira,antes da passagem pela TV?
Serginho Caffé: Apesar de ter feito grande sucesso na TV com os programas de video clipes como: Super Special pela TV Bandeirantes e Kliptonita pela Record, foi no rádio que tudo começou...A Metropolitana FM foi minha primeira rádio, durou apenas 7 meses porque logo fui chamado pela Bandeirantes FM, que era a minha paixão, pois era a rádio mais legal do dial paulistano, lançadora de sucessos e ainda com um time de locutores acima da média: Edmir Rabello, Pablo Pablo, Emilio Surita, César Filho, Carlos Racy e tantos outros. Era uma escola para mim, aprendi tudo naquele lugar, a Bandeirantes FM lançou os maiores DJs do mercado, Iraí Campos, Gregão, Ricardo Crunfly, Carmo, Ricardo Guedes, Cuca e muitos mais...e divulgava as danceterias mais fantásticas também...Toco, Contramão, Broadway, Overnight, Radar Tan Tan, Woodstock, Rose Bom Bom, PlayBoy, Sunshine etc. Na Bandeirantes FM ganhamos o Disco de Ouro da CBS Records International, como uma das três melhores emissoras do mundo, junto da KAJ de Los Angeles e a WABC de NY. Passei pelas mais importantes rádios de SP, Manchete FM, Rádio Cidade FM, Antena 1 FM, mas destaco a Nova FM Record, que revolucionou o mercado com a programação voltada a House Music...e a Nativa FM, o amor de São Paulo, que foi a melhor emissora de segmento popular feita até hoje...um time maravilhoso de comunicadores: Rony Magrini, Cesar Carvalho, Alvaro Gimenez, Jones Mendes...eu fui um dos fundadores desta rádio, junto com este time, e a Nativa nos seus primeiros 4 anos, foi uma revolução no rádio do Brasil, comandada por Neneto e Paulo Leme seus proprietários e ainda coordenados por Ricardo Henrique e Magrini.
Revista de Cultura - Recentemente você comentou em seu Twitter oficial que há famosos que não respondem as mensagens dos fãs ou seguidores. Já aconteceu isso com você, mandar mensagem para algum artista e ele nem responder?
Seginho Caffé: Já aconteceu sim. Acho um absurdo as pessoas serem tratadas como "cabeças de gado" e não receberem a devida atenção... é uma pena que o povo brasileiro não saiba selecionar quem deve merecer sua amizade... Mas, tá valendo...eu respondo a todos com muito carinho...pra mim, cada um é cada um e não um número de seguidores para disputa de egos entre artistas... Aguardo vocês no Twitter: www.twitter.com/serginhocaffe
Revista de Cultura - Alguns canais de TV tem apelado bastante para
ter audiencia. Certa vez, um programa de humor mostrou matéria com duas moças literalmente sem roupa na praia. Nos tempos do Kliptonita você conquistava grande audiência e com música, brincadeiras, enfim. Acha que falta isso hoje em dia para as TV, conquistarem a audiência com mais qualidade na programação como acontecia nos anos 90?
Serginho Caffé: As coisas mudaram muito. As emissoras de TV apelam para celebridades instantâneas, formatos de programas que não duram muito tempo...São rostos bonitos, microfones coloridos como das apresentadoras de TV atuais, mas, carisma zero.O pior é que os profissionais com mais experiência estão indo embora e não existe peça de reposição a altura...uma pena. Pode reparar que agora voltamos a investir em séries de TV, os enlatados estão de volta...o público não se engana por muito tempo.
Revista de Cultura - Nas horas de folga o que gosta de fazer?
Serginho Caffé: Familia, filmes, video clipes, passeios, internet...viajar é tudo de bom.
Revista de Cultura - Que tipo de música gosta de ouvir?
Serginho Caffé: Minha formação é Pop..acredito no Pop e só ouço MP3 e CDs que eu mesmo faço...tenho acesso as novidades do Pop internacional e assim monto minha propria programação.Estou sempre por dentro das novidades.
Revista de Cultura - Você tem vontade de voltar a TV? Que tipo de programa gostaria de apresentar se fosse convidado?
Serginho Caffé: Voltar pra TV parece um caminho lógico, tenho projetos e este ano vou colocá-los em prática...o rádio já esta superado infelizmente, os caras que mandam nas rádios preferem os famosos "paus mandados", sem talento mas, cumpridores de ordens, por isso as rádios hoje, perdem audiencia para as midias alternativas como o Mp3... Lamento pelos novos locutores que deixam de demonstrar seus talentos, por serem podados no microfone. Na TV tenho autonomia para produzir o que bem entendo e apresentar a melhor qualidade ao meu público. A morte de Michael Jackson, mostrou que o vídeo clipe ainda é o melhor caminho para o artista divulgar seu trabalho, o que falta é o espaço nas TVs do Brasil.
Revista de Cultura - Na sua família há outros artistas ou locutores?
Seginho Caffé: Não, o único maluco sou eu...felizmente!
Revista de Cultura - O espaço é seu. Mande uma mensagem para os nossos leitores:
Serginho Caffé: Parabéns por escolherem uma revista de qualidade e que aborda temas que sempre enriquecerão suas vidas, sou fã do Revista de Cultura e estarei sempre a disposição de todos. Agradeço ao Ricardo Bello pelo interesse no meu trabalho e desejo a todos um Feliz 2010.
Assista aqui um trecho de Serginho no Kliptonita
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