Foto: Divulgação |
A artista plástica Ana Luiza Varella apresenta a pintura "Auêre - Auára: Ritual das Águas", inspirada no fenômeno da Pororoca, onde poderosas ondas se formam na foz do rio Amazonas, no Pará, Brasil. Essas ondas, que chegam a atingir 3,5 metros de altura e duram até 50 minutos, atraem atletas para localidades como São Domingos do Capim e Chaves, no Marajó, reconhecida como a capital nacional do surf pororoca.
O ritual, liderado pelo surfista Marcelo Bibita, reúne atletas e comunidades locais para celebrar e defender a preservação ambiental. O termo Aiêre-Auára reflete a filosofia da cerimônia, combinando as palavras “luz” (Aiêre) e “reflexo da luz” (Auára) das línguas indígenas. Simboliza uma troca de energia e um compromisso comum com a proteção das águas da Amazônia e do planeta. Através deste ritual, os participantes honram o poder da natureza e enfatizam a importância da unidade e da acção na salvaguarda do ambiente.
Ana Luiza participa da exposição "Somos Todos Amazônia - por um Mundo Justo e um Planeta Sustentável", no Espaço Cultural da Marinha, cujo tema principal de seu trabalho é o fenômeno da Pororoca, motivada por pesquisas sobre a floresta e as questões ambientais que envolvem a Amazônia Legal com foco na relação das águas do rio Amazonas com a floresta e o oceano. São pinturas, uma instalação e essa homenagem aos atletas que surfam a Pororoca
Pororoca é um termo que vem do Tupi e significa “Grande Estrondo”, o som de explosão que se ouve na floresta quando as águas do mar encontram as águas do rio. O movimento das ondas, sua circularidade e a força das correntes e das marés, que se desfazem e percorrem distâncias imprevisíveis sempre a atraíram. É um fenômeno natural impactante, espetáculo de beleza e destruição, que avança sobre as margens, arrancando árvores e redefinindo o leito dos rios; ocorre na foz do rio Amazonas, no litoral dos Estados do Pará e do Amapá e no Maranhão, na foz do rio Mearim.
Entretanto, o fenômeno do embate das águas dos rios caudalosos com as águas do mar encontra-se hoje ameaçado pelo desafio da seca que se alastra por muitas regiões da Amazônia, provocada não só por questões climáticas, mas, principalmente, pela ação humana, por desmatamentos e queimadas. As consequências são assustadoras e repercutem em todo o País.
"Rios caudalosos estão secando, deixando comunidades ribeirinhas impedidas de pescar e de se locomover; queimadas destroem a fauna e a flora e ameaçam a vida dos moradores da região, que, isolados, sofrem com a falta de acesso a alimentos, remédios e escolas. Sem água o Povo adoece e a Natureza agoniza", alerta Ana Luiza.
A exposição conta com artistas convidados da Saphira & Ventura Gallery e do Coletivo BB, até o 16 de fevereiro de 2025, que junta arte e "Amazônia Azul" do acervo da Marinha do Brasil, apresentando a Pré-Bienal Amazônia, com o tema "Somos Todos Amazônia - por um Mundo Justo e um Planeta Sustentável", já se preparando para a COP 30. A curadoria é de Marcia Marschhausen e Alcinda Saphira. O Espaço Cultural da Marinha fica na Av. Alfred Agache, S/N - Centro, Rio de Janeiro e funciona de terça a domingo, das 11h às 16h30. Entrada gratuita.
Sobre Ana Luiza Varella
Sempre desenhou e quis ter a arte como profissão. Seguiu vários caminhos, tendo a arte como fio condutor de suas escolhas. Cursou faculdade de Língua Portuguesa e Literatura, fez Mestrado e Doutorado em Filosofia, e especializou-se na Filosofia da Linguagem, de Walter Benjamin. Na Escola de Artes Visuais (EAV Parque Lage) fez sua formação artística. Tem obras em aquarela e telas em tinta acrílica, além de trabalhos em cerâmica e pintura em porcelana. Participou de exposições no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Nova York, Madri e Veneza. A inspiração de suas obras está nos ciclos da natureza, na sua dança, na sua história. A natureza insere o tempo que rege o mistério da existência, o mistério do universo.
Instagram: analuizavarella.art
Sobre a Bienal Amazônia
Em novembro de 2025, Belém, PA, sediará a 1ª Bienal Amazônia, com a participação de cerca de 400 artistas nacionais e internacionais, tornando-se uma das maiores exposições visuais do país. O objetivo de realizar a Bienal Amazônia durante a COP 30 é buscar o alinhamento com as discussões e decisões sobre mudanças climáticas e outras questões ambientais e sociais.
A Bienal Amazônia visa promover a cultura brasileira, especialmente a indígena, a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, buscando conscientizar sobre a importância da floresta amazônica. Além da projeção da arte brasileira, a Bienal tem compromisso com o fortalecimento da economia local, geração de empregos e incentivo ao turismo na região.
Idealizadores: Alcinda Saphira & Louis Ventura
Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem
Apoio: G20 / Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro / Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro / Impacto Coalition
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Use máscara cobrindo a boca e o nariz. Se cuide!
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