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O prêmio seleciona, todo ano, três dramaturgias inéditas de autoras e autores negras e negros que possuem vínculo docente e/ou discente em escolas e/ou universidades de artes cênicas.
Eternizar Em Escrita Preta 5 traz as peças dos três premiados em 2024:
– Cézar Divino (Minas Gerais), com o texto “Memórias de Um Afogado”;
– Michel Xavier (São Paulo), com o texto “Boreta”;
– Monize Moura (Sergipe), com o texto “Depois da Fronteira”.
O livro é publicado pelo Selo Lucias, projeto editorial da SP Escola de Teatro fundado em 2020, e terá distribuição gratuita, além de estar disponível logo depois na internet para leitura e download.
A comissão julgadora de 2024 foi composta por Miguel Arcanjo Prado (Jornalista), Denilson Tourinho (Ator e doutorando em Educação pela UFMG) e Viviane Pistache (Roteirista e doutora em Educação pela USP). “A premiação destaca a importância do teatro como uma forma de expressão capaz de impactar profundamente a sociedade. Ao reconhecer talentos e dramaturgias que refletem diferentes experiências e perspectivas, o prêmio contribui significativamente para um diálogo enriquecedor sobre identidade, cultura e as muitas camadas que compõem a nossa realidade”, diz na apresentação do livro Marilia Marton, Secretária de Estado da Cultura, Economia e Indústria Criativas.
Já Ivam Cabral, diretor-executivo da SP Escola de Teatro, analisa no prefácio da edição: “Este quinto livro da série colige três textos cuidadosamente selecionados pela curadoria, dramaturgias de pessoas pretas, oriundas de todo o Brasil, que hoje encontram espaço de publicação e leitores ávidos por conhecer suas histórias”.
Sobre os autores premiados
César Divino é um ator novalimense, teatro-educador, escritor, dramaturgo e pesquisador. É graduando em Filosofia pela Universidade de São Paulo e estudante do curso Técnico em Humor na SP Escola de Teatro - Centro de Formação das Artes do Palco. Possui formação técnica em Teatro pelo Teatro Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais. Fez parte, como ator e pesquisador, dos coletivos teatrais Coletivo Impossível e Coletivo Akofena, ambos sediados na cidade de Belo Horizonte e que tiveram passagem por festivais de teatro nos estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Possui formação livre em Cinema e Audiovisual pela Escola Livre de Artes Arena da Cultura em Belo Horizonte. É também membro do Coletivo de Teatro Negrura na cidade de São Paulo e do coletivo Timbuctu, na cidade de Nova Lima, Minas Gerais.
Michel Xavier é poeta, ator e psicólogo nas horas vagas. Aluno do curso de Dramaturgia na ELT - Escola Livre de Teatro de Santo André, sob a orientação de Daniel Veiga e ex-aluno do Terreiro de Teatralidades Pretas, sob a orientação de Salloma Salomão e Flávio Rodrigues. O espetáculo “Boreta” é seu primeiro trabalho dramatúrgico, mas dizem que outros estão por vir. Cofundador e ator da Companhia de Teatro Flor do Asfalto, coletivo da zona leste de São Paulo que circulou por diversos espaços culturais, através dos editais VAI I e VAI II, além de ser a cara do 28º Festival Estudantil - FETESP Tatuí, em 2023. Foi Conselheiro Gestor da Casa de Cultura Raul Seixas (2016-2018), período em que também integrou a Rede das Culturas da Zona Leste. Diretor e atleta pelo Clube Atlético Leões de Itaquera, time de várzea da zona leste paulistana, tem na arte e no futebol suas grandes paixões.
Monize Moura é atriz e professora de teatro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Iniciou sua trajetória no teatro amador, em Aracaju (SE). Formou-se como atriz na Escola de Teatro da UFBA. Em Salvador, participou dos grupos Vilavox e Fraternal, pelo qual foi indicada ao Prêmio Braskem de Teatro 2007, na categoria melhor atriz. Dedica-se desde 2011 à pesquisa em História do Teatro, com mestrado pela Universidade de Estrasburgo e doutorado pela Universidade de Paris-Saclay e UNIRIO. Desde 2017, integra o corpo docente do Departamento de Artes da UFRN. Coordena o projeto Memória do TAM, voltado à preservação do acervo documental do Teatro Alberto Maranhão, em Natal-RN. “Depois da Fronteira” é sua primeira dramaturgia.
Sobre o Selo Lucias
É uma iniciativa da Associação dos Artistas Amigos da Praça (ADAAP). Tem como programa editorial a publicação de livros no campo das artes (teatro, dança, cinema e literatura), da pedagogia, das ciências sociais e da psicanálise. Homenageia, na raiz de seu nome, a professora, jornalista e gestora cultural Lucia Camargo (1944-2020), que foi coordenadora da Escola, e o expande ao plural, pela vocação da ADAAP pela coletividade e pelo múltiplo. O grupo que compõe a coordenação editorial do selo é composto por Ivam Cabral (diretor-executivo), Beth Lopes, Elen Londero e Marcio Aquiles. Entre as publicações do Selo Lucias, estão os volumes “Teatro de Grupo” e “Teatro de Grupo em Tempos de Ressignificação” e os livros “Memórias do Cine Bijou” (Marcio Aquiles), “Athos Abramos - O Crítico Reencontrado” (Alcione Abramo e Jefferson Del Rios - Org.) e quatro volumes do Prêmio Solano Trindade de dramaturgias negras. Outras coletâneas do Prêmio Solano Trindade e demais publicações do Selo Lucias podem ser lidas em:
Lançamento Eternizar Em Escrita Preta 5
Data: 21 de novembro
Horário: 19h
Local:
SP Escola de Teatro
Praça Franklin Roosevelt, 210 - Bela Vista, São Paulo
Telefone: (11) 3775-8600
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