Peça Maria Vermelha dá luz à violência contra a mulher

Foto: Gilberto Goulart 

O espetáculo de dança solo Maria Vermelha, protagonizado pela dançarina, professora e doutoranda na Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA,) Bel Sôuza, aborda, como forma de conscientização e combate, situações de violência à mulher e opressão ao feminino, tema bastante atual e necessário de se discutir. A peça é dirigida por Rosa Antuña e coreografada por Bel e Aline Caldeira.

Em Belo Horizonte, haverá duas apresentações, de forma gratuita. A primeira, no sábado (24), às 19h, no Centro Cultural Vila Marçola. Já a segunda, será no dia 3 de setembro, no Teatro Marília, também às 19h, na programação do Terça da Dança.

Maria Vermelha traz a figura da Pombogira, ou Pomba-gira, como simbolismo arquetípico, e foi baseada nas histórias presentes no livro Inventário Vermelho, organizado pela escritora baiana Danielle Andrade.

A Pombogira é uma entidade espiritual presente em diversos cultos e religiões de matriz africana no Brasil. Ela simboliza o feminino em sua essência, os prazeres, a liberdade e o desafio a normas e convenções sociais. Esta entidade está ligada, no Candomblé, ao Orixá Exu, mensageiro entre o mundo invisível e o dos sentidos, onde estamos encarnados. Já na Umbanda as Pombogiras são consideradas elas mesmas Exus femininos.

No livro Inventário Vermelho, 27 mulheres de diversas partes do país foram convidadas a dialogar através de cartas, nas quais contassem histórias de protagonismo feminino. O fio condutor destas histórias foi o binômio dor/cura. Sendo assim, cada história que expunha uma das muitas dores que envolvem o fato de ser mulher era respondida com outra, com uma proposta de cura àquela dor.

Como contrapartida, além do fato das apresentações do solo ser gratuitas, será oferecida a Oficina Autocuidado para Mulheres, para profissionais do sexo feminino da área da educação. Haverá duas sessões, com 20 vagas cada uma, realizadas em escolas da rede pública estadual, a serem indicadas pela Secretaria de Educação e /ou Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.

Em suma, Maria Vermelha usa a cor do sangue para falar sobre ser mulher; o feminino em sua essência, as dores e prazeres, a busca pela liberdade, os diferentes desafios enfrentados por cada uma delas, em seu cotidiano. Entre palavras, cantigas e movimentos, a dançarina Bel Sôuza faz a ponte entre o mundo invisível e o dos sentidos, tecendo uma trama de vidas e reconstruções do que já foi despedaçado.

O espetáculo tem a produção executiva de Bel Sôuza, produção artística de Eduardo Henrique e Samuel Carvalho e assessoria de imprensa da Tom Back Comunicação.

Sobre Bel Sôuza

Artista da dança, professora e doutoranda na Escola de Dança da UFBA, candomblecista. Bel Sôuza desenvolve, desde 2000, trabalhos cênicos autorais, que articulam a dança e outras linguagens e campos do conhecimento como as ciências da saúde, o teatro e o audiovisual.

Sobre Rosa Antuña

Diretora, coreógrafa, bailarina, professora, atriz, poeta, cantora, percussionista, palhaça e videomaker, Rosa é uma artista que constrói sua poética relacionada ao feminino através do hibridismo de linguagens.

Sobre Aline Caldeira

Bailarina, coreógrafa e afro-empreendedora. Rainha do Carnaval de Belo Horizonte em 2024, é diretora do Studio Aline Caldeira, com trabalho focado no samba e danças afrodiaspóricas contemporâneas.

Ficha técnica – Maria Vermelha

Uma obra de Bel Sôuza

Direção: Rosa Antuña

Artista da Dança: Bel Sôuza

Dramaturgia: Rosa Antuña

Criação coreográfica: Aline Caldeira e Bel Sôuza 

Texto: Bel Sôuza, a partir do livro Inventário Vermelho, de Danielle Andrade

Figurino: Danny Maia

Preparação corporal: Aline Caldeira

Desing de iluminação: Dýãnà Alves

Produção Executiva: Bel Sôuza e Samuel Carvalho

Produção Artística: Eduardo Henrique e Samuel Carvalho

Design gráfico: Ruy de Souza Filho

Registro fotográfico e vídeo: Gilberto Goulart

Assessoria de Imprensa: Tom Back Comunicação - Alison Pitangueira

Intérprete de Libras: Luana Sales

Cronograma e Locais de Apresentação

1 - Centro Cultural Vila Marçola - Rua Mangabeiras da Serra, Nº 320 – Bairro Marçola - CEP: 30.220-265 Belo Horizonte – MG | Brasil ‐ Regional: Centro-Sul -

Data: 24 de agosto de 2024, sábado, às 19 horas.

Ingressos: Gratuito

2 - Teatro Marília - AV. Alfredo Balena, Nº 586 – Bairro Santa Efigênia - CEP: 30.130-100 - Belo Horizonte – MG  | Brasil ‐  Regional: Centro-sul

Data: 3 de setembro de 2024, às 19 horas - Na programação do Terça da Dança

Ingressos: Gratuito

Use máscara cobrindo a boca e o nariz. Se cuide!