Foto:Rafael Motta |
Um dos grandes símbolos da força expressiva do Romantismo tardio na música sinfônica, Mahler é sempre um grande desafio e uma grande realização para orquestras em todo o mundo. Na quinta-feira (18) e sexta-feira (19), às 20h30, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais mostra toda a sua potencialidade, talento e energia ao embarcar nessa empolgante aventura que é a execução da Sétima Sinfonia do compositor, obra de grande verve dramática e declarado otimismo na superação humana. Com mais de cem músicos no palco, este promete ser um dos momentos mais marcantes de toda a temporada. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira).
A Filarmônica tem se dedicado nos últimos anos a gravações de álbuns com obras de compositores de diferentes períodos, entre eles o ciclo completo das Sinfonias de Mahler. No concerto do dia de quinta-feira (18), serão lançadas nas principais plataformas de streaming as sinfonias do compositor já gravadas pela Orquestra: as de número 1, 2, 3, 5 e 6. E na semana de 20 a 25 de julho, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica dá continuidade ao projeto e grava a Sétima Sinfonia, para lançamento ainda em 2024. Um projeto inédito da Orquestra para o registro e difusão deste compositor que, de forma visceral, alcançou a alma humana com a sua música.
Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, conta com o patrocínio do Itaú, da Rede e da Gasmig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente titular
Desde 2008, Fabio é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.
Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.
Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.
Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.
Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense; dirigiu a Sinfônica Nacional da Colômbia e estreou no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico. Na Argentina, conduziu a Filarmônica do Teatro Colón, com a qual se apresentará novamente em 2024.
No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros. Fabio Mechetti é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School de Nova York.
Repertório
Gustav Mahler (Kaliste, Boêmia, hoje República Tcheca, 1860 – Viena, Áustria, 1911) e a obra Sinfonia nº 7 em mi menor (1904/1905)
Em sua Sétima Sinfonia, Mahler administra com maestria uma rica paleta orquestral: explora o potencial expressivo de cada instrumento e estabelece contrastes que articulam fortemente as diversas seções de sua vasta arquitetura formal. Esse conjunto de procedimentos pode ser constatado logo no primeiro movimento, quando encontramos dois temas – um deles estruturado a partir do ritmo de marcha, um dos arquétipos da música de Mahler – mergulhados em densa trama contrapontística, produzindo diferenças marcantes entre andamentos e atmosferas. Na sequência, a primeira “Nachtmusik” parece evocar um caminhar pelo mistério da noite. A ambientação noturna reaparece no “Scherzo”, mas agora por meio das lembranças algo fantasmagóricas da valsa vienense. Chegamos ao quarto movimento, “Nachtmusik II”, no qual a orquestra opera reduzida, mas com acréscimo do violão e do bandolim para uma verdadeira serenata noturna. No “Rondo-Finale”, a explosão de luz e a energia do tema inicial chegam com efeito arrebatador, conduzindo a sinfonia a um final luminoso. Se atentarmos para a diversidade temática da Sétima, estaremos diante de uma riqueza de expressões da alma humana em que não faltam os acentos da dor, da nostalgia, da desesperança, mas também da ironia, da raiva ou ainda do amor e do maravilhamento diante da natureza e da Criação.
Filarmônica de Minas Gerais
Série Presto
18 de julho – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Veloce
19 de julho – 20h30
Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
MAHLER Sinfonia nº 7 em mi menor
INGRESSOS:
R$ 39,60 (Mezanino), R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 72 (Balcão Palco), R$ 92 (Balcão Lateral), R$ 124 (Plateia Central), R$ 160 (Balcão Principal) e R$ 180 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000
Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 9h a 13h — quando o concerto é no domingo
São aceitos:
Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
Pix
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.
Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.
O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. A Orquestra já havia recebido o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.
Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.
A Orquestra possui 13 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.
Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 80 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.
Realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.
Sua sede, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.
É uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.
Os números da Filarmônica (2008 a dezembro/2023)
1.543.738 espectadores
1.231 concertos realizados
1.360 obras interpretadas
126 concertos em turnês estaduais
42 concertos em turnês nacionais
9 concertos em turnê internacional
94 concertos transmitidos ao vivo
606 notas de programa publicadas no site
231 webfilmes publicados
1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral
4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica
13 CDs lançados
1 Indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado - Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico)
Use máscara cobrindo a boca e o nariz. Se cuide!
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