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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Violinista norte-americana Rachel Barton Pine encerra o Festival Bernstein da Filarmônica de Minas Gerais

Rachel estará no evento em BH
Foto: Lisa Marieazzucco
Os concertos dos dias 9 e 10 de agosto, às 20h30, na Sala Minas Gerais, com a participação da violinista norte-americana Rachel Barton Pine, encerram o Festival Leonard Bernstein da Filarmônica de Minas Gerais. No repertório, a obra Serenata, concerto para violino inspirado no livro Banquete, de Platão. Da antiguidade clássica o programa vai a duas obras consagradas na Broadway – o balé Fancy Free e o musical, depois filme, West Side Story, que leva a estória de Romeu e Julieta às ruas de Nova York. A regência é do maestro Fabio Mechetti.

Na série de palestras sobre obras, compositores e solistas, promovidas pela Filarmônica antes das apresentações, entre 19h30 e 20h, o convidado das duas noites será Arildo de Barros, ator do Grupo Galpão desde 1994. As palestras são gravadas em áudio e ficam disponíveis no site da Orquestra.

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e contam com o incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Repertório

Sobre a Serenata

Leonard Bernstein (Lawrence, Estados Unidos, 1918 – Nova York, Estados Unidos, 1990) e Serenata (1954)
A Serenata de Leonard Bernstein é um concerto para violino inspirado no Banquete, de Platão. Nesse livro, o pensador grego descreve um diálogo de diferentes personagens sobre o tema do amor, no qual cada um fala de uma perspectiva diferente. Os cinco movimentos da obra refletem, em seu andamento e caráter, a carga emocional presente na argumentação dos diversos discursos apresentados no debate. A peça também atesta o estilo eclético de Bernstein, um dos mais importantes regentes e compositores norte-americanos do século passado, cuja música combina características de gêneros mais populares e de linguagens sinfônicas contemporâneas. NaSerenata, podemos perceber, em diferentes momentos, influências de Stravinsky, Mahler e do jazz, entre outros autores e estilos.

Sobre Fancy Free

Leonard Bernstein (Lawrence, Estados Unidos, 1918 – Nova York, Estados Unidos, 1990) e Fancy Free : Suíte (1944)
O balé Fancy Free de Bernstein foi estreado em 1944, no Metropolitan de Nova York, tendo o próprio compositor à frente da orquestra. Foi o primeiro trabalho de uma longa parceria entre Lenny e o coreógrafo Jerome Robbins, que culminou no enorme sucesso de West Side Story. Ele se tornou a fonte para On the town, outro musical da Broadway, estreado em 1944 e transformado em filme em 1949 (lançado no Brasil com o título de Marujos do amor), dirigido por George Sidney e estrelado por Gene Kelly e Frank Sinatra. Volta, emFancy Free, o Bernstein do jazz, no qual se mistura um quê de Stravinsky, de Kurt Weill, da música cubana e onde se ouvem reminiscências do Concerto em Sol de Ravel. Com o perdão do paradoxo, o compositor parece adotar, diante das suas fontes, uma reverente ironia. Por isso, fontes à parte, é inequivocamente a Bernstein que se ouve, sem preconceitos, jocoso, criativo e infinitamente atemporal.

Sobre West Side Story

Leonard Bernstein (Lawrence, Estados Unidos, 1918 – Nova York, Estados Unidos, 1990) e West Side Story: Danças Sinfônicas (1957)
West Side Story estreou em 1957 e, desde então, muitas de suas canções são de amplo conhecimento de todo o público. Composto na mesma época que a opereta Candide, o musical é representativo de uma das principais tendências do trabalho de Bernstein: o trânsito fácil entre os meios de comunicação de massa, o teatro, o cinema e a música popular, numa linha semelhante àquela inaugurada por seu compatriota Gershwin. A obra como um todo representa um marco no teatro musical americano, não só pela associação aberta dojazz ao antigo modelo da Broadway, mas pela adoção de artifícios musicais que são dignos da mais autêntica tradição operística, como o uso intrincado de conjuntos vocais e o artifício wagneriano dos leitmotivs. Em West Side Story, a música de dança, mesmo em seu contexto de palco, tem caráter sinfônico. Por isso mesmo, essas danças também ganharam relativa autonomia, constituindo um todo orgânico, contido em si mesmo, ainda que desvinculadas de seu contexto original da ação de palco. É uma das obras mais celebradas e importantes do repertório de Bernstein, que simboliza bem a esteira de liberdade que norteou a expressão artística e musical estadunidense durante todo o século XX.

Maestro Fabio Mechetti

Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Natural de São Paulo, Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é seu Regente Emérito. Regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello.

Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escandinávia, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras.

Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.

Rachel Barton Pine, violino

Intérprete proeminente de grandes obras-primas clássicas, a violinista Rachel Barton Pine é internacionalmente conhecida por sua técnica brilhante e sinceridade emocional. Apareceu como solista com muitas orquestras prestigiadas, incluindo a Sinfônica de Chicago, a Orquestra da Filadélfia, a Filarmônica Real e a Radio Kamer Filharmonie da Holanda. Entre os regentes com quem colaborou estão Charles Dutoit, Zubin Mehta, Erich Leinsdorf, Neeme Järvi e Neville Marriner. Rachel tem uma prolífica discografia de mais de 35 discos, tendo alguns deles figurado no topo da classificação da Billboard Classical. Venceu vários dos principais prêmios mundiais, incluindo uma medalha de ouro na Competição Internacional Johann Sebastian Bach, em 1992. Mantém a Rachel Barton Pine Foundation, que realiza projetos de incentivo à carreira de jovens músicos. Toca em um Guarnerius del Gesu, fabricado em Cremona, em 1742, violino também conhecido como "ex-Soldat", recebido como empréstimo vitalício por generosidade de patrono anônimo.

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais fez seu primeiro concerto em 2008, há dez anos. Diante de seu compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal, a Filarmônica chega a 2018 como um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil. Reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, a nossa Orquestra, como é carinhosamente chamada pelo público, inicia sua segunda década com a mesma capacidade inaugural de sonhar, de projetar e executar programas valiosos para a comunidade e sua conexão com o mundo.

Números da Filarmônica de Minas Gerais em 10 anos (até último concerto de junho de 2018)
milhão espectadores 
769 concertos realizados
1.000 obras interpretadas
104 concertos em turnês estaduais
38 concertos em turnês nacionais
5 concertos em turnê internacional
90 músicos
550 notas de programa publicadas no site
179 webfilmes publicados (19 com audiodescrição)
coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral
4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica
3 CDs pelo selo internacional Naxos (Villa-Lobos)
1 CD pelo selo nacional Sesc (Guarnieri e Nepomuceno) 
3 CDs independentes (Brahms&List, Villa-lobos e Schubert)
1 trilha para balé com o Grupo Corpo
1 adaptação de Pedro e o Lobo, de Prokofiev, para orquestra e bonecos com o Grupo Giramundo

Série Allegro
9 de agosto – 20h30
Sala Minas Gerais

Série Vivace
10 de agosto – 20h30
Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente
Rachel Barton Pine, violino

BERNSTEIN              Serenata
BERNSTEIN              Fancy Free
BERNSTEIN              West Side Story: Danças Sinfônicas

Ingressos:  R$ 44 (Coro) R$ 50 (Balcão Palco) R$ 50 (Mezanino), R$ 68 (Balcão Lateral), R$ 92 (Plateia Central) e R$ 116 (Balcão Principal).

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Ingressos para o setor Coro serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Funcionamento da bilheteria:
De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 20h.
Aos sábados, das 12h às 18h.
Em quintas e sextas de concerto, das 12h às 22h
Em sábados de concerto, das 12h às 21h.
Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

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