Foto: Vinicius Horta
De 15 a 18 de julho, quinta a domingo, um movimento de lucidez e irreverência vai tomar conta das principais ruas e praças de Barbacena. É o Festival da Loucura que chega à sua quinta edição, consolidando-se como um dos mais importantes eventos do calendário cultural, artístico e científico mineiro.
O Festival se divide entre programação cultural e científica, sempre gratuita, e a palestra do romancista, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna será uma das principais atrações artísticas deste ano. Suassuna é um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, autor dos célebres “Auto da Compadecida” e “A Pedra do Reino”, é um defensor militante da cultura do Nordeste. O paraibano, que ocupa desde 1990, a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, é conhecido nacionalmente pelas suas obras literárias que deram origem a filmes e minisséries da televisão brasileira. Obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.
Na parte científica da programação, psiquiatras, psicólogos, gestores de saúde e estudantes participam de mesas redondas para discutir temas relacionados à saúde mental e a reforma psiquiátrica, seus antecedentes e rumos a serem tomados.
Entre as atrações tradicionais do festival estão o cortejo que percorrerá as ruas da cidade animado pelo som do maracatu e pela irreverência do grupo circense Trupegaia, a confecção das “Carteirinhas de Louco”, feitas mediante um exame do grau de loucura do visitante por médicos também loucos; e a visita ao Museu da Loucura e ao Salão de Arte e Parada do Artesão Nato.
Cristovão Villela, renomado caricaturista do Estado do Rio de Janeiro, ficará de plantão todos os dias, a partir das 19 horas, para retratar de maneira divertida e inusitada turistas e visitantes.
O objetivo principal do Festival da Loucura é celebrar a vida através das artes e da coexistência pacífica, aceitar as diferenças e fazer valer a cidadania plena para todos. Mais do que um evento cultural, artístico e científico o evento pretende dizer um sonoro “não” ao preconceito, exclusão e intolerância, em suas formas e origens.
A quinta edição do Festival da Loucura de Barbacena é uma realização da Prefeitura de Barbacena, através da Empresa de Turismo de Barbacena (Cenatur), Fundação Municipal de Cultura (Fundac) e Departamento Municipal de Saúde Pública (Demasp) em parceria com a Secretária de Saúde do Estado de Minas Gerais.
Barbacena
Localizada a 169 quilômetros da capital mineira, na região do Campo das Vertentes, Barbacena tem como atrativos turísticos, além dos edifícios históricos, restaurantes de comida típica italiana, árabe, oriental e mineira, e também bons serviços de hotelaria.
Fundada em 1791, Barbacena é conhecida em todo o Brasil, e também no exterior, como a "Cidade das Rosas", em função da grande produção de primeira qualidade desta flor. Devido a seu clima frio e por ficar a uma altitude considerável, embora seja uma cidade tropical, Barbacena proporciona uma das mais belas e intensas luminosidades do país, o que já inspirou vários poetas e escritores.
Festival da Loucura - Histórico
Em 2006, ano de estréia do Festival, nomes de peso da cultura brasileira como Hermeto Pascoal, Tom Zé e Lobão fizeram do palco principal, armado na Praça da Estação, um espaço de experimentação com a platéia que misturava gerações e classes sociais. Estilistas, como Ronaldo Fraga, produziram adereços inusitados de camisas de força, mostrando que a inclusão é fashion. Além disso, banners com ícones da loucura criativa como Chacrinha e Dali pendiam dos postes, levando para a rua as bandeiras do pensamento libertário e a mensagem de que certa dose de loucura é o revitalizante da própria razão.
Com seu apelo inusitado, o Festival da Loucura deu o que falar dentro e fora das fronteiras de Minas Gerais. Não faltou quem condenasse a iniciativa e a considerasse uma afronta à imagem da cidade. Polêmicas à parte, o Festival ajudou a sepultar de vez o preconceito da comunidade barbacenense, que por décadas via na presença dos doentes mentais um estigma incômodo.
A consolidação do Festival se deu em 2007, quando a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e a Fhemig não só apoiaram financeiramente o evento, como se valeram dele para divulgar e discutir seus programas de inclusão social. Giramundo, Grupo Galpão, Arnaldo Antunes, Moska e mais uma legião de artistas tomaram as ruas de Barbacena mais uma vez.
Em 2008, Tambolelê, Marcelo D2 e a banda Luxúria foram as principais atrações do Festival, que também contou com o desfile do bloco carnavalesco Tirando a Máscara, que ressaltou a importância do tema da inclusão das pessoas portadoras de sofrimento mental. Os integrantes do bloco foram acompanhados pela bateria da Escola de Samba da Viradouro.
O Festival da Loucura converteu-se em lúcidos momentos de fruição artística, desconstrução de paradigmas e, acima de tudo, uma lição que precisa ser compartilhada com o mundo todo. Como definiu o cantor Lobão: “estamos aqui justamente para combater abordagens toscas e preconceituosas sobre a loucura”.
A 4ª edição do Festival da Loucura de Barbacena, realizada em 2009, teve as cantoras Mart’nália e Zélia Duncan como destaques das atrações artísticas. Diversos especialistas ministraram seminários sobre temas relacionados à saúde mental. O evento contou ainda com apresentações musicais de artistas e bandas mineiras; exibição dos filmes Se eu fosse Você 2, Deu a Louca no Chapeuzinho, Saneamento Básico, Vida de Menina, Piaf – Um Hino ao Amor; a apresentação das peças teatrais O Cabaré da Loucura, Elizabeth está Atrasada e O Grande dia e o Cortejo Esquenta da Loucura, além de várias mostras de artes.
Este ano, na quinta edição do “Festival da Loucura – De perto Ninguém é Normal” o evento se divide entre programação cultural e científica. Entre os destaques estão o espetáculo cênico-musical Tangos & Tragédias; o grupo de teatro de bonecos Giramundo, o romancista, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna e o cantor e compositor Zeca Baleiro entre outros.
Outras informações. www.festivaldaloucura.com.br
De 15 a 18 de julho, quinta a domingo, um movimento de lucidez e irreverência vai tomar conta das principais ruas e praças de Barbacena. É o Festival da Loucura que chega à sua quinta edição, consolidando-se como um dos mais importantes eventos do calendário cultural, artístico e científico mineiro.
O Festival se divide entre programação cultural e científica, sempre gratuita, e a palestra do romancista, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna será uma das principais atrações artísticas deste ano. Suassuna é um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, autor dos célebres “Auto da Compadecida” e “A Pedra do Reino”, é um defensor militante da cultura do Nordeste. O paraibano, que ocupa desde 1990, a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, é conhecido nacionalmente pelas suas obras literárias que deram origem a filmes e minisséries da televisão brasileira. Obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.
Na parte científica da programação, psiquiatras, psicólogos, gestores de saúde e estudantes participam de mesas redondas para discutir temas relacionados à saúde mental e a reforma psiquiátrica, seus antecedentes e rumos a serem tomados.
Entre as atrações tradicionais do festival estão o cortejo que percorrerá as ruas da cidade animado pelo som do maracatu e pela irreverência do grupo circense Trupegaia, a confecção das “Carteirinhas de Louco”, feitas mediante um exame do grau de loucura do visitante por médicos também loucos; e a visita ao Museu da Loucura e ao Salão de Arte e Parada do Artesão Nato.
Cristovão Villela, renomado caricaturista do Estado do Rio de Janeiro, ficará de plantão todos os dias, a partir das 19 horas, para retratar de maneira divertida e inusitada turistas e visitantes.
O objetivo principal do Festival da Loucura é celebrar a vida através das artes e da coexistência pacífica, aceitar as diferenças e fazer valer a cidadania plena para todos. Mais do que um evento cultural, artístico e científico o evento pretende dizer um sonoro “não” ao preconceito, exclusão e intolerância, em suas formas e origens.
A quinta edição do Festival da Loucura de Barbacena é uma realização da Prefeitura de Barbacena, através da Empresa de Turismo de Barbacena (Cenatur), Fundação Municipal de Cultura (Fundac) e Departamento Municipal de Saúde Pública (Demasp) em parceria com a Secretária de Saúde do Estado de Minas Gerais.
Barbacena
Localizada a 169 quilômetros da capital mineira, na região do Campo das Vertentes, Barbacena tem como atrativos turísticos, além dos edifícios históricos, restaurantes de comida típica italiana, árabe, oriental e mineira, e também bons serviços de hotelaria.
Fundada em 1791, Barbacena é conhecida em todo o Brasil, e também no exterior, como a "Cidade das Rosas", em função da grande produção de primeira qualidade desta flor. Devido a seu clima frio e por ficar a uma altitude considerável, embora seja uma cidade tropical, Barbacena proporciona uma das mais belas e intensas luminosidades do país, o que já inspirou vários poetas e escritores.
Festival da Loucura - Histórico
Em 2006, ano de estréia do Festival, nomes de peso da cultura brasileira como Hermeto Pascoal, Tom Zé e Lobão fizeram do palco principal, armado na Praça da Estação, um espaço de experimentação com a platéia que misturava gerações e classes sociais. Estilistas, como Ronaldo Fraga, produziram adereços inusitados de camisas de força, mostrando que a inclusão é fashion. Além disso, banners com ícones da loucura criativa como Chacrinha e Dali pendiam dos postes, levando para a rua as bandeiras do pensamento libertário e a mensagem de que certa dose de loucura é o revitalizante da própria razão.
Com seu apelo inusitado, o Festival da Loucura deu o que falar dentro e fora das fronteiras de Minas Gerais. Não faltou quem condenasse a iniciativa e a considerasse uma afronta à imagem da cidade. Polêmicas à parte, o Festival ajudou a sepultar de vez o preconceito da comunidade barbacenense, que por décadas via na presença dos doentes mentais um estigma incômodo.
A consolidação do Festival se deu em 2007, quando a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e a Fhemig não só apoiaram financeiramente o evento, como se valeram dele para divulgar e discutir seus programas de inclusão social. Giramundo, Grupo Galpão, Arnaldo Antunes, Moska e mais uma legião de artistas tomaram as ruas de Barbacena mais uma vez.
Em 2008, Tambolelê, Marcelo D2 e a banda Luxúria foram as principais atrações do Festival, que também contou com o desfile do bloco carnavalesco Tirando a Máscara, que ressaltou a importância do tema da inclusão das pessoas portadoras de sofrimento mental. Os integrantes do bloco foram acompanhados pela bateria da Escola de Samba da Viradouro.
O Festival da Loucura converteu-se em lúcidos momentos de fruição artística, desconstrução de paradigmas e, acima de tudo, uma lição que precisa ser compartilhada com o mundo todo. Como definiu o cantor Lobão: “estamos aqui justamente para combater abordagens toscas e preconceituosas sobre a loucura”.
A 4ª edição do Festival da Loucura de Barbacena, realizada em 2009, teve as cantoras Mart’nália e Zélia Duncan como destaques das atrações artísticas. Diversos especialistas ministraram seminários sobre temas relacionados à saúde mental. O evento contou ainda com apresentações musicais de artistas e bandas mineiras; exibição dos filmes Se eu fosse Você 2, Deu a Louca no Chapeuzinho, Saneamento Básico, Vida de Menina, Piaf – Um Hino ao Amor; a apresentação das peças teatrais O Cabaré da Loucura, Elizabeth está Atrasada e O Grande dia e o Cortejo Esquenta da Loucura, além de várias mostras de artes.
Este ano, na quinta edição do “Festival da Loucura – De perto Ninguém é Normal” o evento se divide entre programação cultural e científica. Entre os destaques estão o espetáculo cênico-musical Tangos & Tragédias; o grupo de teatro de bonecos Giramundo, o romancista, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna e o cantor e compositor Zeca Baleiro entre outros.
Outras informações. www.festivaldaloucura.com.br
ótima programação!
ResponderExcluirO melhor festival, é disso que a cidade precisa cultura!