Foto: Divulgação |
O Bianca Gismonti Trio gravou “Gismonti 70” com Bianca ao piano e voz, Julio Falavigna, na bateria, e Antonio Porto, no baixo de seis cordas - além de violão acústico e voz (na faixa 7). Misturaram repertório de diferentes períodos da obra composicional de Egberto; incluindo canções emblemáticas, como “O Sonho” (gravado por Elis Regina) e eternas referências instrumentais, como “Palhaço” e “Lôro”.
O álbum – gravado em 2018 em Budapeste - seria mixado (e lançado) em 2020, mas a pandemia atrapalhou os planos. Só em 2024 Bianca finalizou o projeto registrando as fotos que ilustram o trabalho. “Eu queria que as fotos fossem feitas no ambiente onde morei com meu pai até os 19 anos e aonde ele vive até hoje, que é o seu canto de silêncio e grandiosidade; como um museu de arte da própria vida”, revela Bianca.
Os músicos Julio e Antonio também possuem uma história pessoal com a música de Gismonti. “Durante minha adolescência Egberto e Hermeto eram a fonte para quem buscava caminhos criativos como compositor ou músico instrumental no Brasil”, conta o baterista Julio Falavigna.
“Para mim, a obra de Egberto representa a música do silêncio, aonde as coisas verdadeiramente imensas cabem”, se emociona o baixista Antonio.
Após 7 anos da ideia original, no mês de seu aniversário, a filha presenteia o pai com este álbum lançado pela gravadora húngara, Hunnia Records; que irá imprimir em versão física e já está disponível no Spotify.
“Ser filha de Egberto é receber uma dádiva das energias celestiais. Ser tão próxima dele significa regar esta dádiva a cada dia. Seguir escrevendo a história sonora da família Gismonti nos faz acreditar que o cultivo determina que a raiz e as folhas estejam conversando e florescendo em eternidade. A música do meu pai segue representando a minha certidão de nascimento”, conclui Bianca.
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