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quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Minas tem sua primeira produtora focada em ficção científica

Foto: Divulgação 

Longa “Vampiros do Espaço” foi gravado em Belo Horizonte e Nova Lima; já “Um Corpo e Um Sonho” está aprovado pela Lei do Audiovisual e em fase de captação de recursos

A Alfa Centauri Filmes, produtora mineira independente fundada por Barbosa Ribeiro, está inovando no cenário audiovisual brasileiro ao produzir longa-metragens de ficção científica com temáticas espacial e futurista. Entre os seus trabalhos atuais estão Vampiros do Espaço e Um Corpo e Um Sonho.

O projeto mais recente, Um Corpo e Um Sonho, foi aprovado pela Lei do Audiovisual da Ancine, com publicação no Diário Oficial em 28 de agosto, e está em fase de captação de recursos junto a empresas que podem se tornar apoiadoras via incentivo fiscal.

O roteiro adaptado pelo diretor Fabrício Santtos, da Fazendo Arte Filmes, passa-se em um Brasil distópico do futuro, em que cientistas investigam a viabilidade do transplante de corpos e cabeças. Valentina, uma jovem PcD, tem a chance de transformar sua vida, mas um imprevisto interfere em seus planos.

No elenco, já estão escaladas estrelas como Jackson Antunes, Heitor Martinez, Narjara Turetta e Letícia Medina, além de nomes locais, como Daniela Savassi e João Miatti. A história se desenrola na capital do estado.

"A Alfa Centauri é pioneira em produzir ficção científica em Minas Gerais. É um gênero raro no país de modo geral, quase ninguém investe. Outro diferencial nosso é a produção com recursos próprios e orçamentos mínimos. Vampiros do Espaço foi executado com R$ 14 mil, possivelmente o filme mais barato desse gênero no mundo", afirma Barbosa Ribeiro.

Vampiros do Espaço

A trama acompanha uma equipe em missão no planeta Tau Ceti-3, onde encontra esqueletos de uma civilização extinta. O grupo leva os fósseis para a espaçonave, mas, durante a viagem de volta, alguns tripulantes começam a se comportar de maneira estranha. O longa está em fase de pós-produção. 

As gravações ocorreram entre maio e junho, em uma sala de menos de 10 m², no bairro Cidade Nova, em Belo Horizonte. As cenas externas, ambientadas no terceiro planeta do sistema Tau Ceti, foram filmadas em uma trilha no Jardim Canadá, em Nova Lima. A direção é de Ricardo Assis, da Big Boss Produções.

Com a verba enxuta, o filme foi gravado em seis diárias, com uma equipe técnica de seis pessoas e mais seis no elenco: Thales Fagundes, no papel do protagonista Capitão Telles, e os coadjuvantes Christiano Ômega, Manoel Barbosa, Wladston Bazzoni, Ana Cristina Ciodaro e Vanessa Lessa.

Este será o primeiro longa-metragem brasileiro com atores, de ficção científica e temática espacial. O cinema nacional registra poucas obras que se desenrolam fora da Terra: as comédias Os Cosmonautas, da década de 60, Os Trapalhões na Guerra dos Planetas, lançado no final dos anos 70 e Lucicreide vai a Marte, de 2021, além de Cassiopeia, de 1996, uma animação.

No momento, Barbosa Ribeiro procura também distribuidoras para que a película circule comercialmente.

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