Foto: Aitor Izaguirre |
O quarteto espanhol de saxofones Sigma Project é um dos grupos de música de câmara contemporânea mais internacionais da atualidade. Os programas inovadores e performances dinâmicas renderam aos artistas aclamação tanto na Espanha quanto internacionalmente. Eles já se apresentaram em templos da música como o Teatro de la Scala em Milão, o Teatro Colón em Buenos Aires e muitos outros – e, agora, chegam ao Brasil. O grupo se apresentará na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, às 19h da quinta-feira (8), com um repertório diverso que vai da música sacra medieval até o jazz estadunidense. Os ingressos são vendidos a preços populares, R$10 a inteira e R$5 a meia-entrada, no site da Eventim e na bilheteria do Palácio. O quarteto também participa do concerto “Um Americano em Paris”, da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), que ocorre no sábado (10), na Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1.090 - Barro Preto).
O programa do concerto “Uma viagem utópica: música de ontem e de hoje” demonstra a versatilidade e a habilidade do SIGMA Project, abrangendo desde a complexidade rítmica e melódica do século XIV com “O Virgo splendens”, até o jazz suave de “I’ve got you under my skin”, de Cole Porter. O repertório inclui a riqueza barroca das sonatas de Domenico Scarlatti, adaptadas para saxofones, e a intensidade emocional do madrigal “Tu m’uccidi, o crudele” de Carlo Gesualdo. As obras contemporâneas também têm destaque, com a estreia no Brasil de “Tenebrae”, de Jesús Torres, uma peça que explora sonoridades profundas, e “T A M B O R”, de Rodrigo Lima, que incorpora elementos rítmicos inovadores. Há, ainda, a estreia no Brasil de uma peça do compositor austríaco Georg Friedrich Haas, conhecido por seu estilo de música espectral.
O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “Concerto do Quarteto Sigma”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. Governo Federal, Brasil. União e Reconstrução.
Um quarteto que busca a inovação – O SIGMA Project é especializado em pesquisa musical e também atua na criação de novos repertórios com os mais importantes compositores europeus e latino-americanos do momento. Josetxo Silguero, um dos integrantes do grupo, afirma que eles consideram o projeto “um laboratório musical a serviço dos compositores” com quem trabalham. Um desses compositores é o brasileiro Rodrigo Lima, que estará presente no concerto “Uma viagem utópica: música de ontem e de hoje” e apresentará, pela primeira vez, a obra “T A M B O R”, a primeira encomenda que o quarteto SIGMA fez ao artista.
Além disso, no dia 8, o público terá a oportunidade de ouvir uma formação de câmara com longa história e tradição na Europa, mas ainda inusitada na América Latina: um quarteto de saxofones focado em apresentar grandes composições da atualidade e dos séculos anteriores. “Para o nosso primeiro concerto de câmara que realizaremos no Brasil, no fantástico Palácio das Artes de Belo Horizonte, programamos uma pequena amostra das diferentes estéticas musicais atuais que o quarteto trabalha e queríamos colocá-las em diálogo com músicas compostas séculos atrás, mas que na época também eram contemporâneos e avançados, de grandes nomes como Gesualdo e Scarlatti. Do ponto de vista da interpretação, o desafio e a dificuldade residem em mergulhar rapidamente em cada mundo sonoro proposto pelo compositor selecionado, e possuir as competências e capacidades técnicas necessárias para abordar mundos sonoros, aparentemente distantes, mas que basicamente procuram atingir o público de cada época de forma simples e direta”, conta Josetxo.
O músico comenta também como recebeu o convite da maestra Ligia Amadio, diretora musical da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. “Estamos muito felizes que nosso primeiro concerto vai ser justamente em Belo Horizonte, graças ao gentil convite recebido da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e de sua extraordinária diretora, Ligia Amadio, para nos apresentarmos com eles no sábado, 10 de agosto. Esta colaboração com a orquestra permitiu ao quarteto realizar um concerto de câmara na quinta-feira, graças também ao inestimável e incondicional apoio da Embaixada da Espanha no Brasil. Estamos muito entusiasmados em conhecer e compartilhar com o público mineiro toda essa música que estamos ansiosos para apresentar por lá. Os espectadores certamente poderão descobrir novos sons e músicas através de uma formação de câmara”, ressalta Josetxo. No sábado, juntamente com a OSMG, o SIGMA Project apresenta a estreia brasileira do “Concerto para quarteto de saxofones e Orquestra Sinfônica”, do prestigiado compositor Philip Glass. Os ingressos já estão à venda.
Concerto do Quarteto Sigma - Uma viagem utópica: música de ontem e de hoje
Data: 8 de agosto (quinta-feira)
Horário: 19h
Local: Sala Juvenal Dias - Palácio das Artes
(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)
Classificação indicativa: 10 anos
Valor dos ingressos: R$10 a inteira e R$5 a meia-entrada
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.
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