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segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais pela primeira vez na Sala Minas Gerais

Foto: Paulo Lacerda
Sob regência de Ligia Amadio, maestra titular e diretora musical da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o concerto “Um Americano em Paris” contará com a participação do pianista Nahim Marum, de São Paulo, e do Quarteto de Saxofones SIGMA, de Madri, em temporada inédita no Brasil

Uma noite de grandes estreias: sob a batuta da maestra Ligia Amadio, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) se apresenta pela primeira vez na Sala Minas Gerais, com um repertório cuidadosamente selecionado e que inclui obras de Leonard Bernstein, George Gershwin e a estreia nacional de um concerto de Philip Glass. A apresentação acontece no sábado (10), a partir das 18h. O concerto “Um Americano em Paris” conta ainda com a participação do pianista Nahim Marum, de São Paulo, e do Quarteto de Saxofones SIGMA, de Madri (Espanha), pela primeira vez no Brasil. Os ingressos custam R$30,00 a inteira e R$15,00 a meia-entrada, e podem ser adquiridos na bilheteria presencial da Sala Minas Gerais, além de estarem à venda por telefone (31 3219-9045) e pela internet.

O destaque da récita será a participação do grupo espanhol, na interpretação do inédito “Concerto para 4 Saxofones e Orquestra”, de Philip Glass. O quarteto é conhecido por suas interpretações inovadoras e pela habilidade técnica excepcional, que garantem uma experiência auditiva rica e diversificada. Já o solista Nahim Marum é reconhecido por sua versatilidade e sensibilidade ao piano. Sua execução da “Rhapsody in Blue”, de George Gershwin, juntamente com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, promete ser um dos pontos altos do concerto. Conhecida por sua abertura marcante ao som do clarinete, a peça também é marcada pela interação entre o solista e a orquestra. Completam a seleção o poema sinfônico “Um Americano em Paris”, também de Gershwin, e que dá nome à apresentação; a “Fanfarra para um Homem Comum”, de Aaron Copland; e a “Abertura Candide”, da ópera de Leonard Bernstein. Juntas, as cinco obras oferecem um interessante panorama da música de concerto contemporânea e seus principais expoentes nos Estados Unidos ao longo do século XX. 

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “Concertos da Liberdade: ‘Um Americano em Paris’”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Cultura e Patrimônio. Governo Federal, Brasil. União e Reconstrução. 

O panteão musical americano – A noite começa com a "Fanfarra para um Homem Comum". Composta em 1942 pelo nova-iorquino Aaron Copland, a icônica obra celebra o espírito e a coragem do cidadão comum durante a Segunda Guerra Mundial. A peça é marcada por sua grandiosidade e simplicidade, utilizando metais e percussão para criar uma sensação de majestade e esperança. A fanfarra é frequentemente interpretada em eventos cerimoniais e tem sido um símbolo duradouro do otimismo americano. O conterrâneo de Copland, o grande maestro e compositor Leonard Bernstein, criou a "Abertura Candide" em 1956, como parte da opereta "Candide", baseada na novela homônima de Voltaire. Esta abertura é uma das peças mais populares de Bernstein, conhecida por sua vivacidade e energia. A música reflete a natureza satírica e espirituosa da opereta, com ritmos vibrantes e melodias que capturam o espírito aventureiro e otimista do personagem-título.

Em seguida, o repertório traz o "Concerto para 4 Saxofones e Orquestra", composto em 1995 por Philip Glass. Trata-se de uma obra contemporânea que destaca a complexidade rítmica e a repetição característica do compositor, proporcionando uma interação dinâmica entre os solistas e a orquestra. Com sua textura hipnótica e estruturas cíclicas, o concerto oferece uma experiência auditiva envolvente, explorando novas possibilidades sonoras para o saxofone em um contexto orquestral, como detalha a Diretora Artística da Fundação Clóvis Salgado, Cláudia Malta. “Estamos muito felizes de poder proporcionar aos públicos mineiro e brasileiro a primeira audição dessa obra tão singular do grande compositor que é Philip Glass. É uma composição marcada pela leveza, e que em alguns momentos inclusive lembra ritmos tipicamente brasileiros, como o samba e o choro, então será interessante perceber como os espectadores vão se conectar com essa parte do repertório. A estreia da obra se torna ainda mais especial por marcar a participação do Quarteto de Saxofones SIGMA, em sua primeira temporada no Brasil. É um grupo de música de câmara contemporânea que tem tido ampla atuação internacional, se especializando em pesquisa musical e na criação de novos repertórios, e tenho certeza de que a união destes instrumentistas com a nossa Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob a batuta da sempre magistral maestra Ligia Amadio, vai proporcionar ao público uma grande noite de música da maior excelência”, ressalta.

Após um breve intervalo, a noite prossegue com duas obras do nova-iorquino George Gershwin. A peça "Um Americano em Paris", composta em 1928, encerra o repertório com a experiência de um turista absorvendo as vistas e sons da capital francesa. A obra é famosa por sua utilização de elementos de jazz combinados com formas clássicas, criando uma tapeçaria que evoca o ritmo e a vida da cidade a partir dos sons da metrópole, como buzinas de táxi, que são incorporados à orquestração. Antes do desfecho, porém, a “Rhapsody in Blue”, com interpretação do pianista Nahim Marum, acompanhado da OSMG. Criada em 1924, a composição é das mais emblemáticas do repertório americano, simbolizando a fusão de culturas e estilos musicais como o jazz, o blues e a música clássica. A obra exige virtuosismo do pianista, como explica o solista convidado. “Para interpretá-la, o instrumentista precisa estar familiarizado com as liberdades rítmicas praticadas no jazz, mas também precisa dominar a técnica do piano, por se tratar de uma obra muito brilhante, com diversas passagens virtuosísticas. É a primeira vez que eu me apresento com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais; no entanto, conheço a maestra Ligia Amadio há muitos anos. Estarmos juntos no palco novamente será uma grande alegria para mim, e espero que também para o público, com este repertório fantástico”, enaltece Nahim Marum.  

ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto –, Concerto nos Parques, Concertos Comentados e Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Ligia Amadio é a sua atual regente titular e diretora musical.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das galerias de arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Concertos da Liberdade | “Um Americano em Paris”

Data: 10 de agosto (sábado)

Horário: 18h

Local: Sala Minas Gerais

(Rua Tenente Brito Melo, 1.090 – Barro Preto, Belo Horizonte)

Classificação Indicativa: 10 anos

Ingressos: R$30,00 a inteira e R$15,00 a meia-entrada, à venda na bilheteria da Sala Minas Gerais, por telefone (31 3219-9045) e pela internet

Use máscara cobrindo a boca e o nariz. Se cuide!

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