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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Grupo de Teatro Mulheres Míticas apresenta:A MULHER PORCA

Espetáculo e bate-papo
podem ser assistidos
online
Foto: Mateus Lustosa 
e Bia Perdigāo
Dramaturgia:  Santiago Loza |direção: Sara Rojo

Projeto audiovisual com exibições dias 10, 11 e 12 de dezembro, a partir das 19h30, no YouTube do Festival Teatro em Movimento

youtube.com/TeatroemMovimento

Lançamento do livro “A Mulher Porca” – Evento virtual com participação de Gabriela Figueiredo, Sara Rojo e Jéssica Ribas. Dia 9 de dezembro, às 19h30, no YouTube da Editora Javali (bit.ly/YouTubeJavali)

BATE-PAPOS após as exibições do vídeo:

Maria Mourão convida Melina Rocha - Dia 10/12

Luísa Lagoeiro convida Giselle Lima - Dia 11/12

Gabriela Figueiredo convida Ana Luiza e Cris Tolentino - Dia 12/12

A partir 20h45 no YouTube do Festival Teatro em Movimento (youtube.com/TeatroemMovimento)

A MULHER PORCA

O Grupo de Teatro Mulheres Míticas dá um passo em direção a retomada dos palcos com o lançamento de “A Mulher Porca”. Dirigido por Sara Rojo e integrando a comemoração de seus 40 anos de carreira, o projeto, que estreia em formato audiovisual, foi concebido de forma híbrida: a maior parte dos encontros para discussão do texto do argentino Santiago Loza, assim como os ensaios, se deram virtualmente. O processo encerrou-se, porém, no palco do Piccolo Teatro Meneio (Belo Horizonte), onde ganhou registro em vídeo (sem público).

Ainda que simbólico, o retorno do Mulheres Míticas aos palcos foi um marco na trajetória do coletivo, afinal, foram quase dois anos sem pisar num tablado (as últimas apresentações do grupo antes da pandemia aconteceram em dezembro de 2019, no Chile). Neste período as Míticas não se intimidaram diante dos obstáculos impostos pela pandemia: realizaram experimentos audiovisuais a partir de espetáculos de seu repertório, lançaram seu primeiro livro (“Mulheres Míticas em Performance”, Editora Javali, 2020) e estrearam o vídeo-teatro “Hilda Penha” (2021, em parceria com o Sesc), primeira adaptação de uma obra da dramaturga Isidora Stevenson no Brasil. 

Agora, em parceria com o Festival Teatro em Movimento, o Mulheres Míticas se prepara para a transição de volta aos palcos. Retomando uma linguagem mais claramente teatral, A Mulher Porca traz em cena Jéssica Ribas e Felipe Cordeiro, integrantes do coletivo, abordando a violência de gênero em contexto de vulnerabilidade social e a condição da mulher dentro do fundamentalismo religioso latino-americano. A estreia em formato audiovisual da obra, que o Grupo planeja apresentar presencialmente em 2022, será acompanhada do lançamento do livro com texto do espetáculo, traduzido pela também integrante do Mulheres Míticas Gabriela Figueiredo, pela Editora Javali.

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte - Projeto n° 0713/2020

A MULHER PORCA:  Uma mulher tenta alcançar a santidade, mas é subjugada pela moral religiosa e a hegemonia masculina. “A Mulher Porca” é a tragédia da matéria que não foi feita para a transcendência, a jornada de um corpo atravessado pelo abandono e a fé, a violência e a subordinação, o desamparo e a resiliência. Entre a dor e a doação, seguir em frente torna-se a marca desta personagem que povoa o imaginário de muitas cidades latino-americanas.

Primeira montagem brasileira de uma obra do premiado dramaturgo, roteirista e diretor de teatro e cinema argentino Santiago Loza, “A Mulher Porca” dá seguimento à pesquisa do grupo de teatro Mulheres Míticas a respeito da violência contra a mulher e os corpos em vulnerabilidade social. Durante seus 7 anos de existência, o coletivo têm construído o histórico de desenvolver projetos de tradução e montagem de textos sobre temáticas que abordam questões sociais e de gênero em diálogo com outros países latino-americanos, mesmo caso de “O Deszerto” (2016); “Classe” (2019) e “Hilda Penha” (2021)

Em “A Mulher Porca” temos como protagonista uma mulher órfã do interior, de baixa renda, ingênua e religiosa, que não consegue alcançar a beatitude almejada por sentir que tem natureza mundana. Carrega a culpa de ser uma pecadora desde o nascimento, marco que seria também a causa da morte de sua mãe. Na peça, ela cuida de um homem que está em uma cadeira de rodas, para quem ela narra sua vocação para a entrega, tanto a um Deus, quanto aos homens, em todos os sentidos que isso possa implicar.

Ao apresentar “A Mulher Porca”, o Mulheres Míticas reafirma o interesse do grupo no  diálogo, difusão e reflexão teórico, crítica e estética sobre a América Latina. A montagem é protagonizada por Jéssica Ribas, atriz belo-horizontina, formada em Teatro pela UFMG, doutoranda e mestre em literatura, que, em sua dissertação, estudou o processo de construção do corpo feminino nesta obra. O espetáculo, por enquanto apresentado em formato audiovisual, tem direção de Sara Rojo, diretora que, em 2021, comemora seus 40 anos de carreira.

Com tradução de Gabriela Figueiredo, integrante do Mulheres Míticas, “La mujer puerca” torna-se a primeira publicação de um texto de Santiago Loza no Brasil. O lançamento do livro “A Mulher Porca” pela Editora Javali antecede a estreia do espetáculo, sendo marcado por um evento virtual que acontece na quinta-feira (9) a partir das 19h no canal de YouTube da editora (bit.ly/YouTubeJavali)

Participam do lançamento virtual de “A Mulher Porca”, além do editor Assis Benevenuto e da tradutora Gabriela Figueiredo, a protagonista da montagem do Mulheres Míticas, Jéssica Ribas, e a diretora Sara Rojo (que também assina o prefácio da publicação).

Além do lançamento do livro, outros bate-papos serão realizados durante a temporada de estreia do vídeo “A Mulher Porca”, expandindo as possibilidades de diálogo provocadas pelo projeto. 

Na sexta-feira (10), após a estreia do trabalho, a produtora Maria Mourão recebe Melina Rocha, professora, pesquisadora e educadora. Melina atua na educação básica, na secretaria de educação de Minas Gerais, e na Pós graduação em Lideranças Transformadoras, na BBI of Chicago. Atuante das questões raciais e de gênero no Aglomerado da Serra, compõe também a Cooperativa de Pesquisadores Populares e é Mestre em Educação pela UFMG, investigando o Racismo Religioso através do discurso de Mestres em Saberes Tradicionais.  

No sábado (11), é Luísa Lagoeiro, atriz e integrante do Mulheres Míticas, que convida Gisella Lima, mulher, trans, negra, feminista. Defensora dos Direitos Humanos, ativista nas pautas LGBTQIA+ e no movimento negro.

Encerrando a temporada de estreia, no domingo (12) , Gabriela Figueiredo, dramaturga integrante do Mulheres Míticas (tradutora de A Mulher Porca) conversa com Cristina Tolentino e Ana Luiza.  Artista feminista, pesquisadora e diretora de teatro, Cristina Tolentino é Mestre em Artes Cênicas pela ECA/USP e fundadora e diretora dos grupos de Teatro Mulheres de Luta (da Ocupação Carolina Maria de Jesus) e Bayu-Núcleo de Pesquisa Teatral. Ana Luiza é mulher de luta, moradora da Ocupação Carolina Maria de Jesus, veio morar em BH aos 12 anos, com seu primeiro filho. Candomblecista, faz parte do movimento MLB. É também atriz do Grupo de Teatro Mulheres de Luta.

Os bate-papos da temporada de estreia de A Mulher Porca acontecem após a exibição do vídeo, no YouTube do Festival Teatro em Movimento (youtube.com/TeatroemMovimento)

EQUIPE

SARA ROJO (DIRETORA)

É diretora teatral, Professora Titular aposentada da UFMG e bolsista de produtividade do CNPq. Possui graduação em Letras pela PUC-Chile, Mestrado em Artes pela State University of New York, Mestrado em Letras Hispânicas pela PUC-Chile e doutorado em Literaturas Hispânicas pela State University of New York. Realizou dois pós-doutorados, na Università degli Studi di Bologna e na Universidad de Chile. Fundou em 1995, em Belo Horizonte, o Mayombe Grupo de Teatro e, desde então, assumiu a direção dos 12 espetáculos do grupo. Foi indicada ao Prêmio Sinparc de Melhor Direção, em 2013, pelo espetáculo Klássico (com K). Em 2011, foi indicada aos prêmios Sated-MG de Melhor Direção Teatral e Prêmio Sinparc de Melhor Direção Teatral pelo espetáculo “A Pequenina América a sua Avó $ifrada de escrúpulos”. Desde 2014, é também diretora do Mulheres Míticas. Possui livros, artigos e capítulos publicados sobre teatro latino-americano, literatura e cinema. 

SANTIAGO LOZA

Dramaturgo, cineasta e escritor argentino, Santiago Loza dirigiu os longas-metragens Extraño, Rosa patria, La Paz, Breve história do planeta verde, entre outros. Seus filmes participaram de festivais nacionais e internacionais como Cannes, Locarno, Berlim, San Sebastián e Londres. Recebeu importantes prêmios como o Tiger Award (Festival de Rotterdam); melhor filme, melhor diretor e prêmio especial do júri em diferentes edições do BAFICI; Prêmio especial na seção Um certain Regard, no Festival de Cannes e o Prêmio Teddy de Melhor Filme Queer no Festival de Berlim.

Como dramaturgo escreveu peças de grande destaque na cena latino-americana, como Nada del amor me produce envidia, Matar cansa, Pudor de animales de invierno, Todo verde, La mujer puerca, Todas las canciones de amor, entre outras. Suas obras foram representadas em circuitos alternativos, comerciais e oficiais na Argentina e no exterior. Foi premiado como dramaturgo nos prêmios Teatro XXI, Trinidad Guevara e Konex Letras.

MULHERES MÍTICAS 

O grupo de teatro Mulheres Míticas surgiu em 2014 com a estreia do espetáculo, “Clamour + E se Eva não tivesse dentes?”. A primeira montagem sumpriu diversas temporadas em Belo Horizonte, pelo interior de Minas e também na região Sul do país. A segunda montagem, “O Deszerto”, venceu o 4º Prêmio Beagá Cool (2018), na categoria Artes, tendo sido eleito por votação popular como a iniciativa artística que mais se destacou na cidade de Belo Horizonte no ano de 2017. A peça estreou no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH), em dezembro de 2016, tendo todas as sessões da temporada lotadas e grande repercussão na mídia e na crítica teatral especializada. Além da temporada de estreia, o espetáculo realizou apresentações no Palácio das Artes (Juvenal Dias), Teatro Marília e no Auditório da Reitoria da UFMG. Em dezembro de 2018, por meio do edital Cena Plural da Fundação Municipal de Cultura de BH, o grupo realizou três apresentações d’O Deszerto em Centros Culturais nas periferias de Belo Horizonte (Vila Fátima, Lindeia Regina e São Bernardo). 

“Classe”, terceiro espetáculo do Mulheres Míticas, marcou a comemoração dos 5 anos do grupo, sendo a primeira montagem mineira de um texto do conceituado dramaturgo chileno Guillermo Calderón. O trabalho também estreou no CCBB-BH, em temporada esgotada. Foi com “Classe”, também, que o Mulheres Míticas fez suas primeiras apresentações internacionais (na Universidad de Chile e no Centro Cultural Gabriela Mistral, em Santiago/Chile).Já em 2020 o grupo lançou sua primeira publicação: “Mulheres Míticas em Performance” (Editora Javali), livro que reúne os textos de “O Deszerto” e “Classe” além de artigos assinados pelos integrantes do Grupo (Felipe Cordeiro, Gabriela Figueiredo, Jéssica Ribas, Luísa Lagoeiro e Sara Rojo) além de diferentes colaboradores. 

Com “Hilda Penha” o Mulheres Míticas trouxe Marina Viana como atriz-convidada no projeto de teatro-vídeo que explorou mais à fundo a linguagem audiovisual. “Hilda Penha” estreou em temporada realizada virtualmente pelo Sesc Minas Gerais e, desde sua estreia, vem e apresentando em diversos festivais nacionais.  Agora, com “A Mulher Porca” o grupo conclui as comemorações de 40 anos de trajetória de sua diretora Sara Rojo, com os lançamentos simultâneos do vídeo do espetáculo e a publicação de seu texto pela Editora Javali.  

A MULHER PORCA - FICHA TÉCNICA

com Jéssica Ribas e Felipe Cordeiro

DIREÇÃO: Sara Rojo

DRAMATURGIA: Santiago Loza

ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Luísa Lagoeiro 

TRILHA SONORA: Juan Rojo

CENOGRAFIA E ILUMINAÇÃO: Sara Fagundes

CENOTÉCNICO: Nilson Santos

PREPARAÇÃO CORPORAL: Lucas Resende

CONCEPÇÃO DE FIGURINO: Jéssica Ribas 

TRADUÇÃO: Gabriela Figueiredo

REVISÃO DE TEXTO: Marcos Alexandre 

PROJETO GRÁFICO: Luis Gustavo Santos 

FOTOGRAFIA: Mateus Lustosa e Bia Perdigão (Estúdio Ventana)  

ESPAÇO DE FILMAGEM: Piccolo Teatro Meneio 

OPERAÇÃO DE MESA DE CORTE, DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA E EDIÇÃO DE VÍDEO: Raquel Junqueira 

CÂMERAS: Maria Mourão e Luísa Lagoeiro 

OPERAÇÃO DE SOM: Gabriela Figueiredo 

EDIÇÃO DE SOM: Luisina Lopez Ferrari

EDIÇÃO DE AUDIOLIVRO: Bárbara Rodrigues 

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO: João Santos e Jozane Faleiro - Luz Comunicação

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO: Luísa Lagoeiro

GESTÃO DO PROJETO E PRESTAÇÃO DE CONTAS: Maria Mourão

REALIZAÇÃO: Grupo de Teatro Mulheres Míticas

APOIO CULTURAL: Festival Teatro em Movimento

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