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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Cemitério Maldito chega aos cinemas em Maio

Longa tem estreia no dia 9 de maio em todo o Brasil
Foto: Divulgação
Por: Tatiane Barroso

Se você espera um critica comparativa dos filmes Cemitério Maldito de 1989 como remake a ser lançando no dia 9 de maio pode esquecer... Até mesmo porque nunca assisti a versão de 1989. O motivo é simples quando Cemitério Maldito (1989) estreou nos cinemas nacionais eu ainda era uma criança e como toda boa criança, morria de medo filmes de terror. Mais tarde ao frequentar as videolocadoras sentia um pavor profundo ao ver estampada no verso da capa da fita de vídeo o bebê sinistro juntamente com seu gato maldito, me fazendo desistir de assistir a esse filme.  Mas uma coisa era certa, eu sabia reconhecer a música tema do filme "Pet Sematary" (sim, sou fã de Ramones) quando a ouvia nos créditos finais do filme confesso que fiquei muito feliz com a nova versão dada a ela pela banda Starcrawler.

Mas chega de nostalgia e vamos falar do remake Cemitério Maldito. Na nova versão os diretores Kevin Kölsch e Dennis Widmyer dão mais ênfase ao terror psicológico do que ao jump scares, aqui a ideia de reanimar o que está morto, seja seu animal de estimação ou um ente querido, é mais assustadora do que vê-lo. Os desejos mais oculto, reprimidos e por vezes egoísticos na mente humana podem ser mais perigosos do que lidar com entidades malignas.  

Por se tratar de um filme baseado no livro homônimo do mestre do terror de Stephen King, os diretores conseguiram, com certo sucesso, manter áurea de terror e mistério a cerca do cemitério presente nos arredores da nova casa da família Creed. Já começo da história nos deparamos com o interesse e curiosidade da filha do casal, de 10 anos, Ellie (Jeté Laurence) sobre a morte e o cemitério em si nos arredores de sua propriedade.  

Outro acerto dos diretores foi às formas como trabalharam o tema da morte em cada um dos seus personagens para depois desconstruí-las. O medico Dr. Louis Creed (Jason Clarke) se mostra mais incrédulo e cético, já sua esposa e dona de casa Rachel (Amy Seimetz) em função do trauma familiar vivido, lida de forma pouco racional e mística, em contrapartida, o vizinho do casal, Jud Crandall (John Lithgow) tem certeza do que está morto deve assim permanecer. Mesmo Jud nos explicando o que há por de trás do cemitério, o filme não consegue, de forma satisfatória, explorar o ritual e o que motivou crianças e adultos a enterrarem seus animais de estimação naquele lugar.

O final é surpreendente e pode dividir opiniões, pois para os fãs de jump scares o filme deixa a desejar, pois utiliza de forma moderada esse recurso; já os fãs de terror psicológico vão se deliciar com essa análise à psique humana proposta pelos diretores. 
Nota: 4/5

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