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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Sesc São Paulo realiza o Sesc Jazz com artistas do estilo na capital e interior

Fred Frith é uma das grandes atrações do evento no Sesc
Foto: Heike Liss
O jazz envolve plateias (e as amplia) desde seu surgimento, em meados do século XIX no Mississipi, sudeste dos Estados Unidos. 

Marcado pela improvisação e o swing, o ritmo, que tem suas raízes na música negra, se expandiu e conquistou o mundo, absorvendo culturas e fundindo-se com outros gêneros. 

Sempre prezando a liberdade artística, ele está presente na programação do Sesc São Paulo desde a década de 1980 e, de 14 de agosto e 2 de setembro, ganha ainda mais visibilidade no estado de São Paulo com o Sesc Jazz, que apresenta ao público 22 atrações musicais nacionais e internacionais.

Ao longo de três semanas, as unidades PompeiaAraraquaraBiriguiCampinasJundiaíPiracicabaRibeirão PretoSorocaba recebem shows de artistas que apresentam um panorama da rica produção do universo jazzístico mundial, representado por nomes consagrados e outros em ascensão de países como Estados Unidos, Espanha, Itália, Canadá, Azerbaijão, Chile, Cuba, Congo, Noruega, Portugal Brasil. Enquanto os Centros de Música do Sesc, nas unidadesConsolação e Vila Mariana, e o Centro de Pesquisa e Formação recebem atividades formativas com artistas e críticos musicais.

Segundo o Diretor Regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, “o Sesc Jazz conecta-se à missão do Sesc em contribuir com a formação e a expansão de plateias e o pensamento artístico e cultural de seu público, oferecendo uma programação abrangente que dialoga entre o clássico e a vanguarda, enquanto promove também a circulação de músicos nacionais e internacionais pelo interior do estado”.

A programação abarca vertentes e fusões do estilo com a música erudita, blues, funk, soul, r&b, pop, rock, hip-hop, música eletrônica, samba, choro, gafieira e outras expressões regionais dos países participantes. Busca expandir esses múltiplos universos e entender como essa música, oriunda da diáspora negra, assume várias faces em cada lugar onde é interpretada. Caso do pianista do Azerbaijão Isfar Sarabski, que vem pela primeira vez ao Brasil com seu jazz-mugham, ritmo que mistura jazz e improviso persa/iraniano; dos congoleses do Jupiter & Okwess, do pianista italiano Stefano Bollani, do quinteto norueguês Time Is a Blind Guide ou do veterano cubano Omar Sosa.

Entre os representantes da história do gênero, um dos ícones do jazz avant-garde, o saxofonista americano Archie Shepp reúne-se com o percussionista Kahil El Zabar e os músicos do Ritual Trio para um tributo a John ColtraneTambém sobem aos palcos o compositor, saxofonista e flautista norte-americano Henry Threadgill, vencedor de um Pulitzer em 2016, e o guitarrista James "Blood" Ulmer, que ao lado da Memphis Blood Blues Band recebe a participação especial de Vernon Reid.

Da nova geração, comparecem o pianista Jason Lindner, que participou do último disco de David Bowie, Blackstar (2016), pelo qual ganhou dois prêmios Grammy, o guitarrista, arranjador e compositor paulistano Lourenço Rebetez e seu mix entre jazz contemporâneo e tradições afro-brasileiras, além do pianista paraibano Salomão Soares, cujo trabalho alterna releituras de clássicos brasileiros e composições autorais.

Compõem a lista dos nacionais: Dom Salvador e seu sexteto, que prometem uma aula de samba-jazz com a perfeita intersecção entre as criações norte-americanas e a levada sincopada da música brasileira; o coletivo Dorival, formado por Tutty Moreno, Rodolfo Stroeter, André Mehmari e Nailor "Proveta" Azevedo, que homenageia a obra de Dorival Caymmi com acentos jazzísticos; a big band mineira Iconili e o septeto Itiberê Zwarg & Grupo, lançando o disco Intuitivo pelo Selo Sesc.

Há de se destacar também a participação feminina do lineup, representada pela cantora espanhola Buika, de volta ao Brasil com sua mescla de jazz, flamenco, soul e ritmos africanos; a saxofonista chilena Melissa Aldana, primeira mulher e primeira sul-americana a conquistar a Thelonious Monk International Jazz Saxophone Competition, em 2013; a pianista canadense Renee Rosnes e a portuguesa Susana Santos Silva, trompetista que se apresenta ao lado do norte-americano Fred Frith Trio em um show com improviso.
Pelo mesmo caminho, o da improvisação, segue o trompetista norte-americano Charles Tolliver, a dupla Mike Moreno e Guilherme Monteiro, em seu primeiro show autoral, e o pianista norte-americano de origem indiana Vijay Iyer, autor de um dos álbuns de jazz mais elogiados de 2017, Far From Over.

Além das apresentações, a programação do Sesc Jazz oferece também ações formativas, com masterclasses de Charles Tolliver, James “Blood” Ulmer e Vernon Reid, Fred Frith, e Melissa Aldana, um workshop com Isfar Sarabski e Shahriyar Imanov e uma roda de conversa com o jornalista Carlos Calado, as pesquisadoras Inés Terra Brantes e Isabel Nogueira e o maestro Nelson Ayres.

SESC JAZZ
De 14 de agosto a 2 de setembro de 2018
Programação disponível a partir de 19/7 em: SESCP.ORG.BR/SESCJAZZ

Ingressos:
Venda online: a partir das 14h do dia 26 de julho, quinta-feira, pelo Portal do Sesc.
Venda presencial: a partir das 17h30 do dia 27 de julho, sexta-feira, nas bilheterias das unidades do Sesc no Estado de São Paulo.
Limite de 4 ingressos por pessoa.

Sesc Araraquara l R. Castro Alves, 1315 l (16) 3301-7500
Sesc Birigui l Rua Manoel Domingos Ventura, 121 l (18) 3649-4730
Sesc Campinas Rua Dom José I, 270 l (19) 3737-1500
Sesc Consolação l Rua Dr. Vila Nova, 245 l (11) 3234-3000
Sesc Jundiaí Av. Antônio Frederico Ozanan, 6600 l (11) 4583-4900
Sesc Piracicaba Rua Ipiranga, 155 l (19) 3437-9292
Sesc Pompeia Rua Clélia, 93 l(11) 3871-7700
Sesc Sorocaba Rua Barão de Piratininga, 555 l (15) 3332-9933
Sesc Vila Mariana l Rua Pelotas, 141l (11) 5080-3000
Centro de Pesquisa e Formação R. Dr. Plínio Barreto, 285 l (11) 3254-5600

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