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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Cabeça (Um Documentário Cênico) Chega ao Sesc Palladium

Espetáculo tem única apresentação na capital mineira
Foto: Divulgação
O Festival Teatro em Movimento, em sua 16ª edição, seguindo o conceito de ser um festival que ocorre o ano inteiro, sempre com um repertório eclético que oferece os diversos gêneros teatrais que estão em turnê pelo Brasil, traz a Belo Horizonte,  em co-realização com o Sesc Palladium, o espetáculo “Cabeça (um documentário cênico)”, que marca os 30 anos do disco “Cabeça Dinossauro”, da banda de rock Titãs. 

Trata-se de um documentário cênico, que cria uma ponte entre o ano de 1986 e os dias atuais, por meio dos temas das canções do disco, em diálogo com histórias pessoais dos atores.  Na peça teatral estão projeções que desenham um painel dos acontecimentos emblemáticos nacionais e mundiais daquele período. Em cena, todas as canções são executadas ao vivo, na mesma sequência do álbum, sendo a espinha dorsal da montagem que, assim como o disco de vinil, se divide em Lado A e Lado B – primeiro e segundo atos da peça. A dramaturgia e a direção são de Felipe Vidal, que, ao lado do coletivo teatral Complexo Duplo, mergulhou na obra do Titãs, e no elenco formado somente por homens, oito, como na formação original dos Titãs – estão Felipe Antello, Felipe Vidal, Guilherme Miranda, Gui Stutz, Leonardo Corajo, Lucas Gouvêa, Luciano Moreira e Sergio Medeiros.

Vencedor do Prêmio Shell na categoria melhor música e indicado na categoria melhor autor e indicado ao Prêmio APTR, nas categorias melhor autor e melhor música; e indicado ao Prêmio Cesgranrio nas categorias melhor texto e melhor direção musical, “Cabeça” tem única sessão, no dia 12 de abril, quarta-feira, às 20h30, no grande teatro do Sesc Palladium 

O Teatro em Movimento tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH e Itaú, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. 

A concepção cenográfica de Felipe Vidal cria um palco de show onde se passa toda a ação. Os figurinos de Flavio Souza variam em texturas e estilos mas são todos pretos, remetendo aos de uma banda de rock. As projeções e o videografismo de Eduardo Souza ajudam a contar a história através de imagens marcantes da cena política, musical e social da década de 80 e atuais, além de palavras-chave e frases projetadas.

Além dos fatos históricos, a dramaturgia de Felipe Vidal absorveu ainda as memórias e experiências dos então adolescentes integrantes do elenco (hoje com média de idade de 40 anos), se descobrindo e descobrindo o mundo através da lente do rock nacional, que vivia um de seus mais potentes períodos de criatividade, e seus desdobramentos nos dias de hoje, 30 anos depois.

A MONTAGEM

Depois do sucesso de “Contra o Vento (um musicaos)”, que revisitava a Tropicália e os anos 1960 através da história do lendário Solar da Fossa, Felipe Vidal e o coletivo teatral Complexo Duplo mergulharam nas memórias e no legado dos anos 1980 e do então efervescente rock nacional, através de “CABEÇA (um documentário cênico)”, inspirados nos 30 anos do álbum “Cabeça Dinossauro”, da banda paulistana de rock Titãs.

“Cabeça” é a segunda peça da TRILOGIA PARAMUSICAL, iniciada em “Contra o Vento”. A primeira parte da trilogia dialogava com os espetáculos teatrais musicais brasileiros do final dos anos 1960 / início dos anos 1970, já “Cabeça” dialoga com o Teatro Documentário contemporâneo e navega por duas épocas: 1986 e os dias atuais. A previsão é que a terceira e última parte da trilogia estreie em 2018 e dialogue com o Rap, o Hip-hop e o Funk carioca.

Teatro Documentário é um gênero que, assim como o documentário audiovisual, pode reconstituir ou analisar assuntos contemporâneos de nosso mundo histórico vistos por uma perspectiva crítica. O gênero esteve muito em voga no início do século XX, tendo como um dos seus grandes expoentes o encenador alemão Erwin Piscator, e agora voltou com força - em particular na América Latina - em interlocução com outros elementos de encenação contemporâneos. 

A peça é um projeto do coletivo teatral Complexo Duplo, do Rio de Janeiro, e é a segunda parte de uma série de três peças – denominada TRILOGIA PARAMUSICAL – iniciada em 2015 com “Contra o Vento (um musicaos)”, que estreou no Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB do Rio de Janeiro em abril de 2015 e fez bem sucedidas temporadas nos CCBBs de Brasília e Belo Horizonte, tendo sido assistida até agora por mais de doze mil espectadores. “Contra o Vento (um musicaos)” foi indicada ao Prêmio Shell na categoria Música (Felipe Vidal e Luciano Moreira – pela canções da trilha sonora original) e ao Prêmio Cesgranrio nas categorias Texto Nacional Inédito (Daniela Pereira de Carvalho) e Direção Musical (Marcelo Alonso Neves). 

FICHA TÉCNICA  

Dramaturgia e direção: Felipe Vidal / Elenco (em ordem alfabética): Felipe Antello, Felipe Vidal, Guilherme Miranda, Gui Stutz, Leonardo Corajo, Lucas Gouvêa, Luciano Moreira e Sergio Medeiros / Diretor assistente: Rafael Sieg / Direção musical: Luciano Moreira e Felipe Vidal / Direção de movimento: Denise Stutz / Figurinos: Flavio Souza / Iluminação: Tomás Ribas / Cenografia: Felipe Vidal / Videografismo e Programação Visual: Eduardo Souza (PAVÊ) / Interlocução dramatúrgica: Daniele Avila Small / Assistência de direção: Tainá Nogueira / Desenho de som: Branco Ferreira / Direção de produção: Luísa Barros / Produção executiva: Thaís Pinheiro / Realização: Complexo Duplo  / Idealização do projeto: Felipe Vidal / Realização em BH: Teatro em Movimento com o patrocínio do Instituto Unimed-BH e Itaú, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. / Co-realização: Sesc Palladium / Produção local: Rubim Produções 

Imagens em vídeo de divulgação: 

“Cabeça (um documentário cênico)”
Duração: 1h50min (com intervalo de 10 minutos)/ Classificação: 16 anos
Dias/horários: 12 de abril, quarta-feira, às 20h30
Local: Sesc Palladium: Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro, Belo Horizonte- MG 
Ingressos: R$40,00 (inteira) - R$ 20,00 (meia)
Vendas: bilheteria do teatro - www.tudus.com.br
Meia entrada válida para: maiores de 60 anos. E para estudantes devidamente identificados, válida até 40% dos ingressos vendáveis do teatro (conforme DECRETO no 8.537, de 05 de outubro de 2015). 

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