Translation

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Exclusivo


Por: Ricardo Bello
Fotos: Arquivo Pessoal / Marcus Vinícius


Ele ficou conhecido em todo o País ao vencer a segunda edição do programa Fama, da Rede Globo, apresentado por Angélica. Convidamos o cantor mineiro, Marcus Vinícius, para um bate-papo.

Com exclusividade, ele nos fala sobre sua vida após o reality show, situação engraçada quando conheceu uma atriz famosa e muito mais. Confira:

Revista de Cultura - Marcus, antes de você ser cantor o que você fazia?

Marcus Vinícius - Bem, sempre fui cantor nunca tive emprego (risos), mas enquanto a musica ainda não era um trabalho, para viver eu vendia de tudo, picolé, doces, cosméticos, tudo o que pudesse me dar uma comissão ( risos) .

Revista de Cultura - Você ficou muito conhecido em todo o Brasil após vencer o Fama, na Rede Globo. Você ainda tem contato com algum participante?

Marcus Vinícius - Infelizmente o contato diminui porque cada é um de um estado, alguns de estados em comum, mas eu por exemplo era o único de Minas daquela edição, então fica mais difícil encontrar todo mundo. Mas, tenho contato sim com o Thiaguinho, hoje vocalista do Exalta, ele é um cara incrível, de uma simplicidade comovente. Vou aos shows do Exalta e a gente canta junto, compomos juntos, enfim, mantemos contato na medida do possível, a Maíra (Lemos) também, vez em quando falamos. Mas, tenho saudade da turma toda, do Fabio Nestares, da Roberta Sá, que também não vejo há anos, apesar de ter ficado os últimos dois anos no Rio de Janeiro, não consigo encontrá-la, Dani Nascimento. Tá vendo, caramba foi me lembrar, bateu maior saudade...

Revista de Cultura - Participaria de um reality show novamente se fosse convidado?

Marcus Vinícius - Claro. Imagina, Big Brother, concorrer a um milhão
(risos). Eu devia até sabe por quê? Muita gente pensa que eu ganhei 500 mil reais, já disseram até um milhão, tenho que explicar: o Fama não tinha premiação em dinheiro, claro que abriu portas e me rendeu uma grana, sobretudo uma vida profissional consistente. Me deu a chance de estrear uma carreira em grande estilo né, na Globo, trilha de novela e tudo o mais. Mas sem essa de um milhão (risos). Eu não participaria de outro reality musical como calouro, acho que isso é voltar as fases, como num vídeo game, quero bater recordes e não vou voltar e correr o risco de perder numa fase em que saí vencedor. (risos) Até porque nesses outros realities de música os jurados são “marrentos” e teriam tesão em me reprovar (risos) sei lá, (mais risos) brinco com isso as vezes...imagino eles dizendo: “Aqui é diferente da Globo e você não vai pra São Paulo" (risos) brincadeira, mas não faria mesmo não. Faria o BBB, A Fazenda, Casa dos Artistas e o que mais inventarem (mais risos).

Revista de Cultura - Você é mineiro. Mudou de cidade oficialmente devido a correria dos shows pelo Brasil ou ainda continua morando em Minas Gerais?

Marcus Vinícius - “Vivo entre BH e Rio porque não posso chorar”. Voltei pra BH em 2003 depois do programa, e em 2007 voltei ao Rio, desde então vivo na ponte.

Revista de Cultura - Na sua família há outros artistas?

Marcus Vinícius - Ninguém é musico na família. E os dons artísticos ainda não foram revelados, mas devem existir. (risos)

Revista de Cultura - Que tipo de música você gosta de ouvir?

Marcus Vinícius - Meu ouvido é muito promíscuo, ouço Keane, Maroon 5,Roberto, Caetano, Victor e Leo, Alexandre Pires, Ivete, Eva,Paula Lima, Jeito moleque, Exalta, Zezé e Luciano, Ella Fitzgerald, João Gilberto, Gil, Djavan, Vercilo, Lenine, Vander Lee...(risos) Claudinho e Buchecha ouço até hoje (risos). Se fosse pro estomago dava uma azia essa mistura né (risos), mas nunca é tudo de uma vez, tem dias em que acordo diferente, uso roupa diferente, ouço musica diferente. E tudo em CD, nunca baixei uma música. Tenho um mp5, mas só pra registrar o que componho, mas não acho errado não, pro artista é ótimo essa facilidade de acesso a obra, eu que acho o máximo comprar o CD, chegar em casa desembalar e curtir aquele CD durante semanas.

Revista de Cultura - Você ganhou um reality show e virou ídolo de muita gente. E você? Também tem ídolos? Quem são?

Marcus Vinícius - Então, na musica meus ídolos são tão controversos quanto meu gosto musical. O melhor de todos, meu maior ídolo, a pessoa que mais admiro, o intelectual mais importante do País e para o País, é o Caetano Veloso. Mas, é seguido por Roberto Carlos e Zezé Di Camargo. (risos) Juro. Uma das minhas frustrações é não ter conhecido o Zezé, e temos colegas em comum e nunca surgiu a chance, mas ainda chego lá. O Roberto eu tive a chance de ser apresentado porque também conheço pessoas que o conhecem, e num show em BH uma dessas pessoas me ligou e não me encontrou, enfim, mas conheci o Caetano então não posso reclamar não.

Revista de Cultura - Já pensou em gravar músicas em outros idiomas e tentar carreira internacional também?

Marcus Vinícius - Carreira internacional? (risos) Posso te dizer que no sentido mercadológico uma carreira estadual bem sucedida já é o máximo no Brasil. Existem no máximo dez artistas ocupando o topo do mercado e um espaço dividido por todos os outros. E acho isso legal, com a internet hoje toda carreira é internacional né (risos), todo mundo se divulga todo mundo faz shows, todo mundo grava, tá incrível e eu estou gostando. Tá rolando uma humanização do artista por causa da internet e as coisas que tem surgido como o Youtube, e agora está valendo o que a pessoa gosta e não o que chega até ela por uma mídia ou outra. Ela pesquisa, vai atrás do que lhe interessa e não depende mais da TV ou do radio para formar opinião. Isso vale pelo menos para a nova geração, claro que a TV ainda comanda a mídia, mas para a meninada de hoje a internet é mais interessante. E músicas em outro idioma? Me arrisco com algumas em shows e componho em inglês as vezes. Mas, sou péssimo, claro. Estudei dois anos e meio só. Em meu vídeo mais assistido no youtube estou cantando em inglês a musica "Somewhere Only We Know", do Keane.

Revista de Cultura - Já aconteceu alguma situação engraçada em shows ou nos bastidores que possa contar aqui?

Marcus Vinícius - Em show? Não lembro mas em bastidores já aconteceu sim, porque eu sou muito lerdo (risos) minha ficha demora demais a cair. Assim que acabou o Fama a gente fez dois shows seguidos no Canecão e não tínhamos noção direito do que estava acontecendo. Todo mundo muito conhecido, poxa, quase 24 horas sob as câmeras da Globo no programa e o camarim lotado de estrelas e eu via uma menina linda no camarim ali. Ela olhava pra mim eu achava que a conhecia, já tava quase dando uma cantada quando a Manu, que era roteirista do programa, me chamou e me apresentou: Marcus essa é a Carol, Carol esse é o Marcus. E eu disse: Prazer Carol, você é a cara da Carolina Dieckman! E era ela (risos), antes de terminar a frase eu me dei conta do absurdo, Carol, a cara dela, só podia ser ela. Então foi assim que eu aconheci. (risos)

Revista de Cultura - Depois de cumprir a agenda de shows e entrevistas pelo Brasil afora, o que gosta de fazer nas horas vagas?

Marcus Vinícius - Ver minha filha, a Malu, pedir que ela cante pra mim. Ela tem três anos e já canta afinadinha, a mãe dela também é cantora e da aula de canto e ela cresce ouvindo essas aulas, então tem o ouvido treinado desde que nasceu. Outro dia passeando ela cantou "I Will Be There", me pegou de surpresa, nem eu sabia que ela sabia, ela mora com a mãe, a Dani, e aprende tudo de musica.

Revista de Cultura - As fãs querem saber: está casado, solteiro, mais ou menos?

Marcus Vinícius - Então, sou papai solteiro. Estava curtindo. ficar solteiro, mas já quero namorar, gosto de segurança emocional, relacionamentos contribuem para isso. Só que quero me apaixonar perdidamente, não consigo namorar se não for assim, nunca engato um namoro atrás do outro por que não namoro se não tiver obcecado, louco pela mulher e receber essa loucura recíproca. Enquanto isso, fico “procurando vaga uma hora aqui a outra ali, no vai e vem dos quadris”.

Revista de Cultura - Muitos artistas como Zezé Di Camargo e Leonardo já tiveram a idéia de contar suas vidas em filme. Já pensou em fazer algo parecido? Fazer um filme, escrever um livro ou peça de teatro falando sobre sua carreira musical?

Marcus Vinícius - Um filme sobre a minha vida? Já pensei no livro. Combinei de escrever um autobiográfico de 25 em 25 anos, como comemoração por ter vivido tanto. Fiz 25 em Maio, ta na hora de começar a escrever o primeiro. Agora, filme sobre a minha carreira não acho que da ainda não, é cedo né, tem que acontecer muita coisa ainda, mas sobre a minha vida meu irmão já aconteceu de tudo. Para fazer um filme ia precisar de uns 3 diretores (risos)Jorge Fernando para comédia, José Padilha para o drama, e Tinto Brass para romances tórridos (risos).

Revista de Cultura - Tem perfis em sites como Twitter, Orkut, enfim? Você mesmo responde as mensagens?

Marcus Vinícius - Tenho Twitter mas, não aprendi a gostar. Não entendo a graça daquilo ainda, sou muito prolixo e como da para ver não sou um mestre em síntese, então 144 caracteres não são suficientes pra mim. Mas uso, sem gostar mesmo. Tenho orkut e respondo porque é um jeito de encontrar os próprios amigos, não tem fins divulgacionais, não no meu caso. Odeio usar isso tudo, odeio quando me vejo na moda, para mim não tem nada mais fora de moda que andar na moda, e essas coisas são moda né. Facebock, Twitter, o Orkut está obsoleto (risos), e em um ano todo isso que tem também vai estar. Gosto do Youtube, dá para criar seu perfil, dizer o que pensa além de ficar vendo vídeos engraçados o dia inteiro. Eu criei um canal no Youtube e divulgo todas as minhas músicas lá. Crio os vídeos e posto pessoalmente, escrevo a respeito. Ta aí, acho que o Youtube não tende a ser ultrapassado tão cedo, é a televisão da nova geração.

Revista de Cultura - Mande uma mensagem para os nossos leitores...

Marcus Vinícius - Um beijo carinhoso a todos voces leitores da Revista!Minha música nova chama “Agora” e está no Youtube só pesquisar (Marcus Vinicius ‘agora’)Também a minha versão de “Nas Nuvens”, música minha que virou hit na voz do Jeito Moleque. Para baixá-las entra no www.palcomp3.com.br/marcus Obrigado e mais beijos!!!


Agradecimento especial a Paula Marques.

4 comentários:

  1. Ricardo, Parabéns mais uma vez...
    ENtrevista maravilhosa , Marquinhos , show de bola!!
    Parabéns por valorizar os musicos mineiros..

    ResponderExcluir
  2. Gostaria de um contato desse cara..
    Aliás admiro muito sua vida!
    Sempre curti, pois tb morei em Contagem, e meu pai mora até hoje lá, e justamente em Nova Contagem....

    ResponderExcluir
  3. Parabéns pela entrevista. Esse é mesmo o Marcus. Tive gratos encontros com ele e, lendo seus comentários, deu até para ouvir sua voz respondendo cada pergunta. Ele é tudo isso mesmo, com jeito brejeiro e de umas sacadas fantásticas. Que talento e coração pra lá de demais. Te adoro Marquinho.Bjs.

    ResponderExcluir
  4. que bom que te encontrei.pensei que a GLOBO o tivesse colocado no...no...FREEZER.OU NO NITROGENIO LIQUIDO.

    ResponderExcluir