segunda-feira, 2 de setembro de 2024

O Que Só Sabemos Juntos, com Denise Fraga e Tony Ramos, chega ao Teatro Sesiminas

Foto: Cacá Bernardes 


Depois de uma temporada de sucesso em São Paulo e Rio de Janeiro, o espetáculo chega ao Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte, nos dias 19, 20, 21 e 22 de setembro para realizar apenas 4 sessões no Festival SESI em cena, iniciando sua turnê pelo Brasil.

Primeiro encontro nos palcos do ator Tony Ramos e da atriz Denise Fraga, O Que Só Sabemos Juntos é um chamado urgente. Uma convocação para que cada pessoa saia de sua bolha de isolamento e seja capaz de, genuinamente, se colocar no lugar do outro, sentir suas dores e compreender suas angústias, mas também suas alegrias, transformações e conquistas. O espetáculo, apresentado pelo Ministério da Cultura, teve sua estreia no dia 26 de abril de 2024 no Teatro Tuca, em São Paulo.

Denise e Tony são mais do que dois dos mais célebres e reconhecidos atores do Brasil: ambos são conhecidos por sua consciência cidadã e sua necessidade de estarem sempre em diálogo artístico com temas urgentes da vida do país e do mundo.

Valendo-se de dispositivos de interação direta e delicada com a plateia (alguns dos quais já foram experimentados com sucesso em Eu de você), O Que Só Sabemos Juntos se pretende um espetáculo-festa-despertador, uma mola propulsora que tira o espectador da apatia, de sua tela e o convoca a experimentar no aqui e agora, emoções, ações e, principalmente, entender que todos dependemos uns dos outros nessa peça, como na vida. Imaginar mundos possíveis juntos, e construir com o público, daquele dia, o espetáculo.

Uma coisa é ler a notícia de que dezenas de milhares de pessoas abandonaram suas casas às pressas, que milhares foram massacradas em um único dia, que centenas buscam refúgio ou foram violentadas naquela tarde. Tudo isso são só números, abstratos, distantes. São? Mas, se ao contrário, ouvimos histórias das pessoas envolvidas, sabemos de suas circunstâncias íntimas, seus desejos e emoções, talvez possamos nos identificar com elas e saber que poderíamos ser nós que estaríamos em seu lugar. Ou ainda, que precisamos agir coletivamente, agora. Sair da frieza dos números e alcançar o calor das histórias. Sensibilizar, sem sentimentalismo, com uma linguagem refinada, muito humor e senso crítico.

O espetáculo também tem um inevitável caráter de celebração: o primeiro encontro de dois atores lendários nos palcos (Tony com 60 anos de carreira, Denise com 40, trajetórias que somam um século), celebração da continuidade da trajetória excepcional que Denise vem construindo no Teatro e também da volta de Tony aos palcos, depois de 20 anos se dedicando ao audiovisual. Celebração da força do teatro para, permanentemente, iluminar e socorrer à vida e aos viventes, para seguir embalando a vida com arte.

Neste contexto, em meio a cenas que dramatizam questões pungentes do mundo contemporâneo como o aquecimento global e a crise climática, a dominação dos seres humanos por telas e pelo capital, a condição feminina e o patriarcado nesse 2024, a possibilidade, a dificuldade e a reinvenção para criar filhos, amigos e vínculos diversos. Com essas cenas, juntam-se a memória desses dois atores e textos de peças clássicas da dramaturgia, como Tio Vânia, de Anton Tchekhov e Galileu Galilei, do alemão Bertolt Brecht, como que para demonstrar, sem explicações didáticas ou professorais, que o teatro atemporal é um instrumento poderoso para pensar qualquer tempo, através de sua força arquetípica e capacidade de condensar dramas humanos. Juntam-se ainda, ao texto da peça, o pensamento da autora, ativista e feminista bell hooks, os ensaios e crônicas da escritora polonesa Olga Tokarczuk, textos da jornalista e documentarista brasileira Dorrit Harazim, a prosa da francesa Annie Ernaux, e a poesia de Fernando Pessoa, Arnaldo Antunes, João Cabral de Melo Neto, entre outros.

O Que Só Sabemos Juntos é uma grande pergunta da função da arte e da função do artista no nosso tempo, idealizada e criada pela NIA Teatro e seu trio de sócios-artistas – o diretor Luiz Villaça, a atriz Denise Fraga e o produtor José Maria. Juntam-se a essa nova criação uma série de artistas convidados de diversas linguagens, entre eles: o escritor, dramaturgo, roteirista e músico Vinícius Calderoni, a professora, pesquisadora e multiartista Kenia Dias, a cenógrafa e arquiteta Duda Arruk, o diretor, artista visual e iluminador Wagner Antônio, a figurinista Verônica Julian, e uma banda de 5 mulheres, entre elas: a baterista e percussionista Priscila Brigante, a baixista Clara Bastos e a pianista Ana Rodrigues, sob direção musical e arranjos da compositora, escritora e criadora premiada, Fernanda Maia. Em cena o encontro de dois mestres – Denise e Tony - que preferem a dúvida e escolhem o ato de se questionar em detrimento da certeza fácil e esvaziada.

Sinopse:

Um encontro de dois atores, um homem e uma mulher, com uma multidão de pessoas na plateia. Suas memórias. Suas próprias histórias e outras tantas que ouviram por aí. E o que só saberão, juntos? Esses dois atores e esse público? Uma sala cheia de gente que escolheu estar ali na companhia umas das outras. Há algo a celebrar, juntos? “Eu gosto de contar as pessoas quando tem muita gente porque eu gosto sempre de imaginar que, sei lá, quando se trata de gente, cem não é cem, são cem unidades, cem uns, cem cada um, cem pessoas com vidas, histórias e experiências muito diferentes umas das outras”, diz a atriz numa cena inicial da peça.

Todos nós temos casas de infância, todos nós temos cheiros que lembramos, todos nós temos lugares da nossa casa que a gente prefere estar. A boca do fogão que a gente prefere acender. Sentar naquela cadeira daquele lado da mesa. Todos nós temos um alfabeto coletivo, em comum, e que a gente deixa de acessar e de perceber diante da falta de escuta e de percepção do outro. Num mundo onde a falta de escuta, ou da qualidade dela, virou o grande problema das relações.

É a busca por esse alfabeto comum, esse alfabeto de memórias, de gestos, de experiências, mais do que de opiniões, que estamos falando. Essa é a pergunta por onde começamos. “Do que me lembro e o que eu imaginava que fosse acontecer na minha vida quando eu ainda era uma criança?” O que só sabemos juntos? E o que vai acontecer, agora? Com muito humor e leveza, esses dois atores conduzem uma experiência de empatia e escuta com a plateia, a cada noite.

FESTIVAL SESI EM CENA apresenta O QUE SÓ SABEMOS JUNTOS

Dias 19, 20, 21 e 22 de setembro

Horário: quinta, sexta e sábado 20h, domingo 19h

Local: Teatro SESIMINAS – Centro Cultural SESIMINAS BH

Endereço: R. Padre Marinho, 60 – Santa Efigênia, Belo Horizonte – MG

Ingressos: R$ 200,00 (inteira), R$ 100,00 (meia)

Classificação 12 anos

Duração: 90 minutos

*A sessão do dia 21/09 contará com o serviço de tradução em LIBRAS.

 Ficha Técnica

O QUE SÓ SABEMOS JUNTOS

Idealização e Criação: Denise Fraga, José Maria e Luiz Villaça

Com Denise Fraga e Tony Ramos

Direção Geral: Luiz Villaça

Direção de Produção: José Maria

Texto: Denise Fraga, Luiz Villaça e Vinicius Calderoni

Dramaturgia: Kenia Dias, Denise Fraga, Luiz Villaça, Vinicius Calderoni, Tony Ramos e José Maria

Direção de Movimento: Kenia Dias

Assistência de Dramaturgia e do Diretor: Fluiz e Luiza Aron

Contrarregra e camareira: Cristiane Ferreira

Assistente de produção: Leonardo Shammah

Direção Musical, arranjos e preparação vocal: Fernanda Maia

Musicistas: Ana Rodrigues, Clara Bastos / Lua Bernardo, Priscila Brigante / Roberta Kelly, Grazi Pizani / Vanessa Larissa e Taís Cavalcanti / Beatriz Pacheco

Sound designer: João Baracho

Sound designer associado e operador de som: Carlos Henrique

Técnicos de som: Luca Moreli e Gabriel Fernandes da Silva

Luz: Wagner Antônio

Assistência de iluminação e Programação de Luz:

Dimitri Luppi e Ricardo Barbosa

Operador de luz: Ricardo Barbosa e Michelle Bezerra

Cenografia: Duda Arruk

Assistência de cenografia: Olívia Chimenti

Cenotécnicos: Alexander Peixoto, Douglas André Caldas, Diego Tadeu Caldas, Victor Santos Silva, Eduardo da Cruz Ferreira, Gonçalo Severino Neres

Técnico de Palco e Maquinaria: Alexander Peixoto e Gonçalo Severino Neres

Transporte: Edmilson Ferreira da Silva

Figurinos: Verônica Julian

Desenvolvimento e Modelagem: Edson Honda

Assistência de figurino: Alice Leão

Costureiras: Salete André e Judite Lima

Programação visual: Guime Davidson e Phillipe Marks

Fotos de cena: Cacá Bernardes | Bruta Flor

Redes sociais: DeniseFragaOficial

Roteiro e Audiodescrição: Márcia Caspary e Bell Machado

Consultoria Audiodescrição: Aline Borges

Intérpretes em Libras: Maísa Ferreira Buldrini, Alice Stephanie Ramos, Karoline Amparo Fernandes e Camila Ramos Milan | Libras sem fronteiras

Registro e teaser do espetáculo:

Produção executiva: Adriana Tavares e Juliana Borges

Diretora de fotografia: Elisa Mendes

Operadora de câmera: Giovanna Gil

Assistente de câmera: Gabriel Henrique

Técnico de som: Vicente Lacerda

Montador: Guili Minkovicius

Administração financeira: Evandro Fernandes

Apoio Institucional: Teatro Tuca – PUC SP

Coprodução: Café Royal

Realização: NIA Teatro

Este espetáculo foi criado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal

 Use máscara cobrindo a boca e o nariz. Se cuide!

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