quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Filarmônica de Minas Gerais recebe a violinista Geneva Lewis

Foto: Matthew Holler
Celebrando os 75 anos de morte de Richard Strauss, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta pela primeira vez o Concerto para violino do compositor alemão, com solo da jovem violinista Geneva Lewis, que é, atualmente, uma sensação internacional e faz sua estreia com a Filarmônica na quinta-feira (26) e sexta-feira (27), às 20h30, na Sala Minas Gerais. Também é a primeira vez que a artista se apresenta no Brasil. No programa, a Orquestra ainda apresenta a suavidade da Suíte de Fauré e o dinamismo de uma das obras mais célebres do sinfonismo russo. A regência é do maestro José Soares, Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site filarmonica e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Inter, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, conta com o patrocínio da Gasmig. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro José Soares, regente associado da Filarmônica de Minas Gerais

Natural de São Paulo, é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores.

Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (2021), recebendo os prêmios do júri e do público na competição.  

Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Claudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop.

Foi aluno do Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Parnü, Estônia. Ao final de 2021, recebeu o prêmio da crítica da Revista Concerto na categoria “Jovem Talento”.

No Japão, regeu as orquestras Sinfônica NHK de Tóquio, New Japan Philharmonic, Sinfônica de Hiroshima e Filarmônica de Nagoya. Conduziu também a Osesp e a MÁV Symphonie Orchester em Budapeste.

José Soares é Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo. Em 2024, conduziu a Orquestra de Câmara de Curitiba, a Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, retornou à Osesp e à Sinfônica Jovem de São Paulo, e tem concertos agendados com a Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro e a Sinfônica do Paraná, junto ao Balé do Teatro Guaíra.

Geneva Lewis, violino

Jovem promessa da música erudita internacional, a violinista Geneva Lewis recebeu duas das mais concorridas bolsas para desenvolvimento artístico dos Estados Unidos: a Avery Fisher Career Grant, em 2021, e a Borletti-Buitoni Trust, em 2022. Venceu o Primeiro Prêmio da Concert Artists Guild Competition em 2020 e recebeu destaque como artista revelação na revista Musical America, na BBC Radio 3 e no programa Performance Today. Nascida na Nova Zelândia e criada nos Estados Unidos, Geneva iniciou seus estudos com Aimée Kreston na Colburn School e formou-se em Música pelo Conservatório de New England, sob orientação de Miriam Fried. Fez sua estreia solo aos onze anos com a Pasadena Pops e, desde então, tem tocado com diversas orquestras norte-americanas. Participa regularmente do Marlboro Music Festival, onde colaborou com Mitsuko Uchida, Jonathan Biss e outros músicos renomados. Em 2015, fundou o Callisto Trio, grupo com o qual se apresentou no Concertgebouw de Amsterdã. Em 2024, Geneva vem pela primeira vez ao Brasil e apresenta com a Filarmônica o Concerto para violino de Richard Strauss, em homenagem ao aniversário de 75 anos de morte do gênio alemão.

Repertório

Gabriel Fauré (Pamiers, França, 1845 – Paris, França, 1924) e a obra Pelléas e Mélisande, op. 80: Suíte (1898)

A peça Pelléas e Mélisande do escritor simbolista belga Maurice Maeterlinck, desde sua estreia em Paris em 1893, motivou a criação de importantes obras musicais. Sibelius, Debussy e Schoenberg se debruçaram sobre a história do amor impossível entre os personagens do título, mas Gabriel Fauré antecedeu a todos eles, quando aceitou em 1898 escrever a música incidental para a apresentação inglesa do drama. Pressionado pelo prazo de um mês e meio para elaborar a partitura, o compositor acrescentou ao novo trabalho a Siciliana, peça para violoncelo e piano que havia escrito para a encenação de O Burguês Fidalgo de Molière. E confiou a orquestração – afazer que sempre achou muito árduo – a seu aluno Charles Koechlin. Após o sucesso dessa estreia londrina, Fauré filtrou da música de cena uma suíte de quatro peças que ele próprio reorquestrou para formação sinfônica mais ampla. O resultado é uma música que captura com sagacidade a atmosfera misteriosa e ambígua do drama de Maeterlinck.

Richard Strauss (Munique, Alemanha, 1864 – Garmisch-Partenkirchen, Alemanha, 1949) e a obra Concerto para violino em ré menor, op. 8 (1880/1882)

O Concerto para violino foi escrito por Richard Strauss quando tinha somente 17 anos, e, como praticamente toda a sua produção até então, carrega uma forte influência das preferências musicais conservadoras de seu pai, Franz Strauss. O jovem compositor começou a trabalhar na obra em 1881 e o finalizou no verão do ano seguinte, logo após a formatura no colégio. A partitura foi dedicada a seu professor de violino, Benno Walter, uma pessoa que sempre foi muito próxima de sua família – além de primos, Walter e Franz Strauss eram, respectivamente, spalla e trompista principal da Orquestra da Corte da Baviera. Talvez por ainda não conter os traços idiossincráticos que marcariam a obra de seu criador nas décadas seguintes, o Concerto para violino nunca tenha conquistado um lugar cativo no repertório. Aqui, não encontramos o Strauss aventureiro dos poemas sinfônicos que marcaram o final do século XIX ou o operista inventivo que definiu o teatro musical do século XX, mas sim um rapaz incrivelmente talentoso que começa a ganhar confiança em suas próprias habilidades criativas.

Alexander Borodin (São Petersburgo, Rússia, 1833 – São Petersburgo, Rússia, 1887) e a obra Sinfonia nº 2 em si menor (1869/1875)

Músico de inspiração requintada, sempre se considerou químico de profissão, ligado a célebres cientistas, como Mendeleief. Daí o reduzido catálogo de sua obra musical. O folclore de colorido semioriental da região do Cáucaso marcou profundamente a sensibilidade do compositor que, desde criança, demonstrara grande interesse pela música. A amizade com Mussorgsky (músico originalíssimo, de inspiração intrinsecamente russa) e o casamento com a pianista Ekaterina Protopopova (grande intérprete de Chopin, Schumann e Liszt) foram fatores decisivos para o amadurecimento de seu estilo. Como cientista e músico, afeito às dualidades, Borodin soube conciliar em sua obra as tradições musicais da antiga Rússia com as contribuições do Romantismo ocidental. O processo conduziu-o a um resultado inteiramente novo. O reconhecimento internacional se impôs pelas mãos de Liszt, que, sempre atento às inovações e à revelação de talentos desconhecidos, dirigiu a Segunda Sinfonia de Borodin em Baden-Baden, em 1880. Toda a obra reflete o anseio teatral do autor e oferece numerosas semelhanças com trechos de sua ópera O Príncipe Igor, inspirada em lendas medievais russas. A animação fervilhante do quarto movimento evoca as danças e cânticos festivos de bravos guerreiros comemorando a vitória, junto ao tumulto da alegre multidão.

Filarmônica de Minas Gerais

Série Allegro

26 de setembro, quinta-feira – 20h30

Sala Minas Gerais

Série Veloce

27 de setembro – Sexta-feira-  20h30

Sala Minas Gerais

José Soares, regente

Geneva Lewis, violino

FAURÉ                Pelléas e Mélisande, op. 80: Suíte

STRAUSS            Concerto para violino em ré menor, op. 8

BORODIN           Sinfonia nº 2 em si menor

INGRESSOS:

R$ 39,60 (Mezanino), R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 72 (Balcão Palco), R$ 92 (Balcão Lateral), R$ 124 (Plateia Central), R$ 160 (Balcão Principal) e R$ 180 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h 

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana 

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado 

— 9h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos:

Cartões das bandeiras American Express, Elo, Mastercard e Visa

Pix

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

Foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. A Orquestra já havia recebido o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 18 álbuns gravados e disponíveis nas plataformas de streaming, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 100 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

Realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

 Sua sede, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Os números da Filarmônica (2008 a julho/2024)

1.607.631 espectadores

1.279 concertos realizados

1.431 obras interpretadas

127 concertos em turnês estaduais

42 concertos em turnês nacionais

9 concertos em turnê internacional

101 concertos transmitidos ao vivo

606 notas de programa publicadas no site

1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral

4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica

18 álbuns lançados e disponíveis nas plataformas de streaming

1 Indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado - Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico)

Use máscara cobrindo a boca e o nariz. Se cuide!

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