Escritores autografam suas obras em BH - Foto: Divulgação |
O
Sempre Um Papo recebe o casal de escritores Heloisa Seixas e Ruy Castro
para o debate e lançamento de seus livros editados pela Cia das
Letras, “Agora e na Hora”, de Heloisa, que narra a história de um
escritor fracassado que decide fazer um livro de contos sobre a morte e,
em seguida, se matar. Uma obra que constrói um poderoso embate de vida e
morte entre um escritor e seu personagem. Já Ruy relança “A Onda Que Se
Ergueu No Mar - Novos Mergulhos Na Bossa Nova” e também vem ao Sempre
Um Papo para comemorar seus 50 anos de trabalho na imprensa.
Nesse
período, Ruy passou por todos os grandes órgãos da imprensa brasileira
e, nos últimos 30 anos, tem se dedicado também aos livros. Como
escritor, seu principal assunto é o Brasil do século XX, com as
biografias de Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda, além da
história da bossa nova e do samba-canção. Atualmente, é cronista d
“Folha de S.Paulo”. O evento será no dia 28 de agosto, às 19h30, no auditório da Cemig, com entrada gratuita.
Heloisa Seixas
Em “Agora e na Hora”, Heloisa
Seixas constrói um poderoso embate de vida e morte entre um escritor e
seu personagem. Um trabalho original que é, sobretudo, uma celebração da
literatura e do ofício de escritor.
Seria
essa sua vingança contra aqueles que sempre o ignoraram: fazer da
própria morte o ponto final do livro, tombando sem vida sobre os
originais. Para ele, um desfecho insuperável, inédito na literatura.
Seus planos, porém, caem por terra ao descobrir que tem um tumor e que
seus dias estão contados. Não poderá mais ser o senhor da própria morte.
Correndo contra o tempo, o autor, ao longo de uma madrugada, revê sua
trajetória, misturando-a com seus contos terminais, na certeza de que,
antes de o sol nascer, usará um revólver para se matar. No entanto, algo
inesperado acontece, e ele perde o controle do livro — e da própria
vida.
Heloisa Seixas nasceu
em 1952 no Rio de Janeiro, onde vive até hoje. Formada em jornalismo
pela Universidade Federal Fluminense, trabalhou muitos anos na imprensa
carioca e escreveu crônicas, contos, romances, obras infantojuvenis e
peças de teatro. Foi quatro vezes finalista do prêmio Jabuti, com os
livros Pente de Vênus, A porta, Pérolas absolutas e Oitavo selo — Quase romance, este último também finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e semifinalista do Prêmio Oceanos.
Ruy Castro
As
andanças de Tom Jobim pelo mundo; o longo verão de Brigitte Bardot em
Búzios; a trágica história de Orlando Silva; as vidas paralelas de Dick
Farney e Lucio Alves; céus e mares de Johnny Alf e João Donato; samba e
swing no Beco das Garrafas; com Nara Leão em Copacabana; ao redor do
pijama de João Gilberto - em A onda que se ergueu no mar, Ruy Castro
conta novas histórias da música que voltou para conquistar uma nova
geração. Hoje ela talvez seja mais ouvida do que em 1961, em salas de
concerto, teatros, boates, bares, clubes, escolas, estádios, sem
esquecer os elevadores e as salas de espera, os comerciais e as trilhas
de filmes e novelas. Em discos também: nunca se ouviu tanta Bossa Nova
em São Paulo, Nova York, Paris, Sydney, Tóquio. E quem se dispuser a
entrar em todos os sites brasileiros e internacionais dedicados à Bossa
Nova, arrisca-se a morrer de velhice antes de sequer arranhar a
superfície.
Com
Chega de saudade, de 1990, Ruy Castro foi um dos responsáveis por essa
volta. Mas ali a história se encerrava por volta de 1970, quando a Bossa
Nova foi dada como morta. Ruy mergulhou de novo no assunto - mas agora
para falar da volta de uma música que, como as ondas, só esperava o
momento de dar de novo à praia.
RUY
CASTRO nasceu em 27 de fevereiro de 1948, em Caratinga, Minas Gerais.
Jornalista, conhecido principalmente como biógrafo, reconstituiu
histórias de personagens e ídolos brasileiros como Garrincha, Carmen
Miranda e o escritor Nelson Rodrigues. Como biógrafo também contou em
livros a história da Bossa Nova e do Bairro de Ipanema, do Rio de
Janeiro. Como tradutor, transpôs clássicos da literatura estrangeira
como Frankstein, de Mary Shelley e Alice no País das Maravilhas, de
Lewis Carroll. Como jornalista, Ruy Castro teve passagens pelos
principais veículos de comunicação do país: O Pasquim, Jornal do Brasil,
Folha de São Paulo, Veja São Paulo, Isto É, Playboy, Status e Manchete.
Entre as suas principais obras estão: Estrela Solitária – Um Brasileiro
Chamado Garrincha – 1995 (prêmio Jabuti em 1996), Saudades do Século XX
– 1994, O Anjo Pornográfico: A Vida de Nelson Rodrigues – 1992, entre
outros.
Sempre Um Papo com Heloisa Seixas e Ruy Castro
Dia 28 de agosto, segunda-feira, às 19h30, no auditório da Cemig - Rua Alvarenga Peixoto 1200, Santo Agostinho - BH
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