Comédia tem direção de João Fonseca - Foto: Serendy Pity |
O
Teatro em Movimento, festival que acontece durante o ano inteiro sempre
com variedades de gêneros teatrais, traz a Belo Horizonte a comédia
“Desesperados”, com os atores Marcus Majella, Pablo Sanábio e Pedroca
Monteiro, sob a direção de João Fonseca. Com longa trajetória no gênero,
no palco, os três artistas interpretam mais de 40 personagens que se
esbarram e ganham vida em diferentes situações na mesma história. A peça
gira em torno de três personagens principais: Bia, Marcondes e Ricardo,
ambos sofrem de solidão e carência. De tão problemáticos que são, cada
história vivida, se torna uma comédia. O espetáculo tem duas apresentações no Teatro Sesiminas, dias 12 e 13 de agosto, sábado, às 21h e domingo, às 18h.
Para esta apresentação, o Teatro em Movimento tem o patrocínio do Itaú, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O
ator Marcus Majella, sucesso no canal Multishow nos programas
“Ferdinando Show” e “Vai que Cola”, além de estar em cartaz no cinema
como protagonista do filme “Meu tio é uma peça”, conta que nunca tinha
interpretado tantos personagens como em “Desesperados”. “Trabalhar nesse
formato é muito desafiador, isso de mudar em segundos de um personagem
para o outro. Foram muitos ensaios para a gente conseguir chegar nesse
nível de precisão que estamos hoje. Mas eu, como ator, gosto de ser
desafiado o tempo inteiro, gosto de personagens e de projetos que me
desafiam. Acho que o estímulo de ator é todo esse, é ser desafiado. Na
peça, a gente fala sobre solidão, que é um tema que está muito aí, na
nossa sociedade. Tanto aqui, quanto no mundo inteiro. As pessoas estão
com um celular, mas estão muito sozinhas na verdade, estão carentes.
Então, nesse espetáculo a gente trata a solidão com muito humor, esses
personagens são tão carentes que são hilários. A peça não tem um peso.
Você vai assistir um espetáculo sobre solidão, que o nome até remete a
uma coisa pesada, mas você vai dar risada do início até o fim. As
pessoas estão se identificando muito com a peça”, adianta Majella.
A montagem
Com
uma carpintaria elaborada, a peça permite, numa única cena, várias
trocas de personagens. Para tanto, o autor Fernando Ceylão lançou mão da
criatividade e chegou a um recurso de fácil entendimento: tarjas com
nomes dos personagens coladas no peito de cada ator, que podem ser
trocadas a qualquer momento.
De
acordo com o diretor João Falcão, “Desesperados” pode ser vista de duas
maneiras: como uma divertida peça com situações independentes, que se
interligam durante todo o espetáculo, mas também como uma história com
começo, meio e fim. Isso porque ao assistir a comédia, é possível
entender que cada cena é única e imprescindível para o desenrolar de
toda a história. Os personagens transitam entre cada uma dessas pequenas
cenas e podem aparecer novamente em outro momento da peça e, assim, o
público acompanha a trajetória de todos eles.
Biografia dos atores
Marcus Majella
Estudou
teatro na Casa das Artes de Laranjeiras, onde conheceu os atores e
parceiros de diversos trabalhos, Paulo Gustavo e Fábio Porchat. Desde
2010 é contratado do canal Multishow, onde participou do seriado “Será
que faz sentido?”, “O Barata Flamejante”, “220 Volts, este ao lado de
Paulo Gustavo, “Vai que Cola” e “Ferdinando Show”. No mesmo canal,
participou do reality show “Casa Bonita”, que escolheria uma nova modelo
nacional. Integrou o elenco do canal do Youtube Porta dos Fundos.
Atualmente, está em cartaz no cinema com “Um tio quase perfeito”. Já
participou dos filmes: Teste de elenco (2010); Minha mãe é uma peça
(2013), Vai que cola (2015); A canção de Lisboa (2016).
Pablo Sanábio
Começou
a carreira aos oito anos. Estudou teatro na Casa das Artes de
Laranjeiras, no Rio de Janeiro e paralelamente, cursou Publicidade na
Universidade Gama Filho. Estreou na televisão, em 2007, no seriado Sítio
do Pica-pau Amarelo e, desde então fez inúmeros trabalhos dentre os
eles: “O Astro”, “O Rebu” e “Totalmente Demais” e “Sob Pressão”, ambos
na TV Globo. Atua em teatro desde 1997, sendo seus espetáculos mais
recentes:
“R&J de Shakespeare — Juventude Interrompida”, “O Menino que Vendia Palavras”, “Edukators” e “Fonchito e a Lua”.
Pedroca Monteiro
Desde
2013, possui o programa no Youtube “Pedroca Desabafa”, que atualmente
ganhou quadro “Desabafos de Segunda”, dentro do programa Papo de
Segunda, do canal GNT. Na televisão, dentre outras participações, atuou
nas novela Rock Story (Globo - 2107) e nas séries Trair e Coçar é Só
Começar, Malhação Casa Cheia, Dercy de Verdade. No cinema, atuou em
Madrigal em Filmagem e Teste de Elenco - Fábio.
FICHA TÉCNICA:
Texto e concepção: Fernando Ceylão / Direção: João Fonseca / Assistente direção: Carol Portes / Elenco: Marcus Majella ( Marcondes/ Leila / Marcia Strip / Ladrão / Advogado / Dependente 1 / Chefe) / Pablo Sanábio (Bia / Advogado / Strip / Amigo 2 / Dependente 3 / TV Divã/ Diretor / Ladrao / Mente de Ricardo / Garçons / Uber)/ Pedroca Monteiro:
Ricardo / Monica / Marcondes ideal / Amigo 1 / Crispim / Daniel /
Renato / Polícia / Manicure / Cabeleireiro/ Cenário: Daniel de Jesus /
Produção executiva: / Produção Geral: Sandro Chaim / Idelialização: Marcus Majella e Pablo Saneabio/ Realização: Gargalho Produções e Chaim Produções/ Realização em Belo Horizonte: Teatro em Movimento com patrocínio do Itaú, via Lei Federal de Incentivo à Cultura / Produção local: Rubim Produções
“Desesperados” , com Marcus Majella, Pablo Sanábio e Pedroca Monteiro
Classificação: 12 anos / Duração: 80 minutos
Duração: 80 minutoData/Horário: 1 e 2 de abril, sábado, às 20h e domingo, às 18h
Local: Teatro SESIMINAS - Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia
Ingressos:
Valor: R$50,00 - inteira e R$ 25,00 meia
Meia entrada válida para maiores de 60 anos e para estudantes devidamente identificados (conforme MP 2208/2001)
Vendas: bilheteria do teatro e https://www.tudus.com.br/
Informações: Telefone:(31) 32417181 – sites: www.teatroemmovimento.art.br /
SOBRE O TEATRO EM MOVIMENTO
O
projeto Teatro em Movimento, coordenado pela Rubim Produções, de
Tatyana Rubim, completa 16 anos, em 2017, com o objetivo de
descentralizar o acesso às grandes montagens do eixo Rio-São Paulo,
promovendo a circulação dos mesmos para Belo Horizonte que tornou-se, ao
longo do tempo, praça relevante para a apresentação de importantes
repertórios. Além disso o projeto também atua em outros Estados e o
outras cidades. Desde então, contabiliza 178 montagens, que somam mais
de 526 apresentações, envolvendo cerca de 552 artistas, em 14 cidades,
27 teatros e público superior a 394.214 mil pessoas.
Inicialmente,
atuando em Minas Gerais e seu entorno, o projeto trouxe à capital
mineira e algumas cidades do interior, espetáculos com peso nacional,
tendo no elenco atores como Bibi Ferreira, Lázaro Ramos, Tais Araújo,
Selton Mello, Renata Sorrah, Thiago Lacerda, Grace Passô, Débora
Falabela, Yara de Novais, Mateus Solano, Glória Menezes, Antônio
Fagundes, Nicete Bruno, Paulo Goulart, Marco Nanini, Luana Piovani,
Lilia Cabral, Rodrigo Lombardi, Cláudia Raia, Marisa Orth, Paulo
Gustavo, Julia Lemmertz e muitos outros. Dentre os espetáculos que o
projeto deslocou para a capital mineira estão “Hamlet”, “Incêndios”,
“Esta Criança”, “Gonzagão – a Lenda”, “Bibi Ferreira – Histórias e
Canções”, “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf”, “O Grande Circo Místico”,
“New York, New York”, “Bem-vindo, Estranho”, “Milton Nascimento – Nada
Será Como Antes”, “Cassia Eller – o Musical”, “Azul Resplendor”, “Poema
Bar” e muitos outros.
O
projeto também já atuou em outras cidade brasileiras, como São Luiz
(MA), Vitória (ES) e Aracajú (SE), Corumbá(MS), São Paulo (SP),
Mangaratiba (RJ), Canaã dos Carajás.(PA) Em Minas Gerais, além de Belo
Horizonte, o projeto atua ou já atuou em Imperatriz, Açailandia,
Parauapebas, Mangaratipa, Itabirito, Mariana, Ourilandia, Ouro Preto,
Araxá, Tiradentes, Betim, Contagem, Ipatinga, Nova lima e Juiz de fora.
Os resultados do projeto vão além da inclusão das cidades na circulação
das montagens. A iniciativa possibilita a formação de um espectador mais
crítico e de um público mais preparado e habituado a lotar as salas dos
teatros. A ideia é consolidar o hábito de ir ao teatro e fomentar a
cultura das artes cênicas, por isso os espetáculos acontecem ao longo do
ano e não concentrados em um curto período como nos festivais. O
teatro, sendo um agente de transformação social, é capaz de atuar como
um difusor de ideias e de cultura podendo ser usado como um instrumento
de comunicação. Para ratificar a potencialidade de transformação social e
cultural do teatro e colocar em prática os objetivos do projeto, o
Teatro em Movimento ainda promove, sempre que possível, oficinas
gratuitas, palestras e workshops para profissionais da área e
interessados. Dessa forma, cria-se uma rede de circulação de informação
fortalecendo a possibilidade de sustentabilidade do setor cultural.
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