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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

CTNano inicia construção de edifício no BH-TEC

Novo espaço é oportunidade para expansão das atividades da instituição, que aproxima universidade e mercado; a previsão é que a obra seja concluída em 2018.

Teve início, na última semana de outubro, a construção do edifício que será sede do Centro de Tecnologia em Nanomateriais (CTNano). O prédio ocupará 3050 m² no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC). Os quatro andares do edifício serão dedicados à produção e pesquisa em nanomateriais, como os nanotubos e o grafeno, além das atividades de apoio. O empreendimento é fruto de um financiamento feito em parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), a Petrobras e a InterCement.

O CTNano foi concebido em 2009 e, desde então, desenvolve atividades, que visam intensificar a produção nacional de nanotubos de carbono e grafeno por meio da aproximação entre pesquisa acadêmica e iniciativa privada, são realizadas em uma instalação provisória, cedida pela UFMG.

Para o professor Marcos Pimenta, Coordenador Geral do CTNano, a sede é fundamental para que o projeto inicial seja executado por completo. “Hoje, trabalhamos em condições precárias, em espaço provisório muito reduzido. A construção significa a oportunidade de compra de novos equipamentos e expansão da equipe”, afirma. Espera-se que, com o novo espaço, a produção de cada linha de pesquisa cresça de três a cinco vezes.

Atualmente, o Centro de Tecnologia opera a partir de fundos de um financiamento com objetivos restritos. A conquista exerce impacto na sobrevivência da instituição a longo prazo. “Pretendemos dar continuidade ao projeto, com a ampliação do escopo de atuação do CT, incluindo a pesquisa de outros tipos de nanomateriais”, esclarece Pimenta.

Produção de alto valor agregado

O CTNano atua em cinco frentes de trabalho relacionadas ao aprimoramento de propriedades de materiais, como resistência mecânica, a partir de uma mistura muito homogênea com as estruturas de carbono em escala nanométrica (nanotubos e grafeno). Focado no desenvolvimento de produtos de alto valor agregado, o CTNano também colabora para que a pesquisa desenvolvida na universidade evolua para além da geração de conhecimento, impactando positivamente na balança comercial do país.

Para o tipo de produto desenvolvido no CTNano, é necessário que sejam feitos testes de reprodutibilidades de propriedades e de impacto no meio ambiente, entre outros, para que a tecnologia tenha chances de entrar no mercado. “No ambiente do Parque Tecnológico, o CTNano dispõe de uma proximidade proveitosa com os atores do mercado e empresas, e as parcerias firmadas colaboram para que as etapas limitantes da pesquisa sejam vencidas”, explica o Coordenador.

Desde o início do projeto do CTNano em 2010, foram 42,6 milhões de reais captados, e sua experiência pode ser vista em números: até hoje, foram 25 patentes depositadas em nanomateriais, e a instituição conta com uma equipe de mais de 50 pessoas, além de ter contribuído para a formação de mais de 200 pesquisadores da área.

Expectativa positiva

Para o Diretor do BH-TEC, professor Ronaldo Penna, o novo prédio do CTNano corresponde a um segundo momento do Centro no Parque, e é grande a expectativa de ver o projeto funcionar por completo. “O CTNano sintetiza o esforço que vai ao encontro dos objetivos do BH-TEC, no sentido de transbordar a excelência científica em benefício para a sociedade por meio de produtos e serviços. Para o Parque, O CTNano é um empreendimento estratégico já que a indústria poderá explorar um setor novo no país”, afirma.

Sobre o BH-TEC

O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) é uma associação civil de direito privado sem fins lucrativos, de caráter científico, tecnológico, educacional e cultural. Atualmente, o Parque abriga 18 empresas que se dedicam a investigar e a produzir novas tecnologias, uma associação de biotecnologia e três centros de tecnologia da UFMG, além de cinco empresas na categoria não residente. Entre os projetos futuros, o BH-TEC também abrigará centros públicos e privados de Pesquisa & Desenvolvimento, como o Centro de Pesquisas René Rachou – CPqRR/Fiocruz.

Criado em 2005, o BH-TEC é o resultado da parceria entre seus cinco sócios fundadores: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Governo do Estado de Minas Gerais, Município de Belo Horizonte, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (SEBRAE-MG) e Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), além de ser apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento de Minas Gerais (Fapemig) e pela Agência Brasileira da Inovação (FINEP).

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