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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Show “Desde que o Samba era Semba” chega a Viçosa neste final de semana

Sucesso nos teatros  de Belo Horizonte e Rio De Janeiro, com o patrocínio da Codemig e Governo Do Estado De Minas, espetáculo  celebra o centenário do samba

Roteiro da peça foi desenvolvido por Haroldo Costa
Foto:Alexandre Mota
Em comemoração ao centenário do samba, chega ao palco do Teatro Fernando Sabino, em Viçosa, o show “Desde que o Samba era Semba”, que será apresentado nos dias 15 e 16 de outubro (sábado e domingo). Com pesquisa e roteiro desenvolvidos pelo historiador e jornalista Haroldo Costa, direção musical de Eduardo Neves e sob a direção artística do músico Luiz De Filippo, o espetáculo é estrelado pelos cantores Sérgio PererêJosi LopesCarla Gomes, 10 músicos e dois performers e revela a trajetória do samba desde sua origem, em Angola, onde nasceu como “Semba”, até a grande síntese cultural representada pelos enredos das escolas de samba brasileiras da atualidade.

O repertório do show passeia por sambas consagrados como, “Yaô”, de Pixinguinha; “Samba da Minha Terra”, de Dorival Caymmi; “Rugas”, de Nelson Cavaquinho; “Chega de Saudade”, de Vinicius de Morais e Tom Jobim; “Consolação” e “Canto de Ossanha”, de Baden Powell; “Timoneiro”, de Paulinho da Viola; “Desde que o Samba era Samba”, de Gilberto Gil; “Bom Tempo”, de Chico Buarque e tantos outros.

O roteiro do espetáculo se divide em três fases: a primeira, africana, se estende de sua origem em Angola até 1916, quando se registra a primeira gravação do samba “Pelo telefone”; a segunda, chamada “fase de ouro da música brasileira”, vai de 1916 a 1960; a terceira fase se estende da Bossa Nova até a grande síntese cultural representada pelos enredos das escolas de samba brasileiras da atualidade.

“Estamos muito felizes por conseguirmos realizar o show no Rio de Janeiro nesse ano tão especial para o samba”, comemora o músico mineiro Luiz De Filippo. O espetáculo teve sua estreia em 2012, no Teatro Sesc Palladium, em Belo Horizonte, onde foi muito bem recebido pelo público. Desde então, também foi apresentado em diversas cidades do interior de Minas Gerais e em casas como Teatro Bradesco, Cine Theatro Brasil Vallourec e no Teatro Manuel Franzen de Lima, em Belo Horizonte.

Com o apoio da FUNARJ, o show “Desde que o Samba era Semba” festeja a relação do samba com o homem. “O objetivo é não só comemorar, mas compartilhar os múltiplos aspectos da história do samba, servindo de base para a compreensão e a valorização da cultura popular brasileira em todo o mundo”, afirma Haroldo Costa.

Fase africana - De sua origem, no século XVII, a 1916
O roteiro tem seu início às margens do Rio Kwanza, em Angola, onde historiadores franceses registraram, no século XVII, a dança do “Semba”, que quer dizer “em torno do umbigo”, a dança da “umbigada”. No Brasil, o ritmo africano começa a ganhar, ao longo dos anos, outras cadências, até chegar em 1916, no samba amaxixado.


Fase de Ouro da Música Brasileira - De 1916 a 1960
A segunda fase inicia-se em 1916, com a gravação do samba Pelo Telefone, de Ernesto dos Santos, conhecido como Donga, em parceria com o jornalista Mauro de Almeida, também conhecido como o Peru dos Pés Frios. Concebido em uma roda de samba, entre improvisações e cadências, no famoso terreiro de candomblé da Tia Ciata, localizado na Praça Onze, no Rio de Janeiro, o samba só teve seu registro em 27 de novembro de 1916, graças ao maestro Pixinguinha, que escreveu a partitura.
Deste período, o show evidencia os grandes compositores de samba da chamada fase de ouro da Música Popular Brasileira, como Ary Barroso, Dorival Caymmi, Cartola, Noel Rosa, Nelson Cavaquinho, Ismael Silva. Também se destacam nessa fase os arranjos para orquestra do maestro Radamés Gnattali, que deixaram importante marca no sentido da evolução rítmica desse gênero musical no Brasil.

Da Bossa Nova ao Samba-Enredo das escolas de samba – De 1960 a 2016
A terceira fase começa com a gravação do samba “Chega de Saudade”, letra de Vinícius de Morais e música de Tom Jobim, gravado em 1959 por João Gilberto. Na sequência, compositores como Johnny Alff, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, entre tantos outros, desenham a evolução do samba, até chegar ao sambódromo, palco iluminado do samba-enredo.

O show chega a 2016, ano em que se celebra o centenário do samba, comemorando essa belíssima trajetória e apresentando todo o esplendor do acervo musical do samba brasileiro, que de norte a sul do país é o ritmo da unidade nacional.

Sugestão de sinopse para roteiro:

No ano do centenário do samba, o show celebra a trajetória do ritmo musical desde sua origem, em Angola, onde nasceu como “Semba”, até a grande síntese cultural representada pelos enredos das escolas de samba brasileiras da atualidade.


 “Desde que o Samba era Semba”:

Data: Dias 15 e 16 (sábado e domingo)
Horários: sábado às 20h30 e domingo às 18h
Local: Fernando Sabino
End:  Campus UFV (Avenida Peter Henry Rolfs, s/n.
Fan page facebook: Desde que o Samba era Semba
Duração do show: 1h e 50 min.
Capacidade: 1.000 lugares
Tel para informações: Aspuv (31) 3891-1428
Classificação etária: 12 anos
Entrada franca com retirada de ingressos na ASPUV


Ficha Técnica - “Desde que o Samba era Semba”
Pesquisa e Roteiro - Haroldo Costa
Direção Artística - Luiz De Filippo
Direção musical e arranjos - Eduardo Neves
Assistente de direção e violão de 7 cordas - Rodrigo Torino
Voz - Sérgio Pererê, Josi Lopes e Carla Gomes
Cavaquinho e bandolim - Pablo Malta
Baixo -  Alexis Martins
Piano -  Davi Fonsceca
Flauta – Marcelo Chiaretti
Trombone – Danillo Mendonça
Trompete – Ulisses Luciano
Bateria – Gustavo Greco
Percussão - Daniel Guedes, Fábio Martins e Robson Batata
Performer – Artur Ranei e Imane Rane
Cenário e figurino - Celestino Sobral
Criação de luz - Kalluh Araujo
Técnico de luz - Ivanir Avelar
Técnicos de PA –  Planart, Julio Paradela
Criação de imagem e operação de vídeo – Yuri Avelar
Montagem de cenário - Celinho e Yuri Avelar
Produção Executiva – Tânia De Filippo

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